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E QUEM NÃO SALTA NÃO É DO FORUM OLÉ...OLÉ...OLÉ 21/09/2009

 

A era da informação permite, ou deveria permitir, que cada um saiba mais sobre o que o rodeia, e ainda, que todos tenham menos dificuldade em aceder à informação que necessitam.

 

É característica dos columbófilos botar faladura sobre tudo o que se relaciona com a modalidade que praticam. É uma forma de disponibilizar informação, logo enquadra-se no espírito da coisa.

 

Seja de pombos, seja de métodos de tratamento, seja de leis e regulamentos, enfim, seja do que quisermos, deparamos constantemente com emissores de informação columbófila, e, naturalmente, nem sempre própria para utilização. A alguns desses emissores basta pensar em algo, e é emissão garantida. Pena é que, entre uma coisa e outra, não queiram questionar-se a si próprios do porquê de não se chamarem Einstein, Arquimedes, ou apenas responsáveis. Para eles a existência de uma plateia é motivação suficiente – e agora cada fórum é uma plateia – pelo que aí vai “biqueiro”. Mais ou menos “biqueiro” na gramática, mais ou menos “canelada” nos dirigentes, assim se vão gerando pequenos abalos, que pouco tempo depois já adquiriram a forma de ondas de opinião.

 

O problema é que, por falta de informação, os receptores nem sempre conseguem avaliar a qualidade do que receberam. E porque respeitam a origem – às vezes até apetece perguntar do porquê -  apressam-se a retransmitir acrescentando mais um pequeno pormenor potenciador dos efeitos, no sentido que lhe deu a fonte. Vejamos.

 

Vi e ouvi demasiadas pessoas afirmarem que, de modo directo ou indirecto, a Federação Portuguesa de Columbofilia tem poder para intervir no processo de homologação de vacinas, ou que alguma coisa tem a ver com o circuito comercial que elas percorrem até estarem na posse dos columbófilos. Trata-se de pessoas mal informadas ou, se o fizeram conscientes da verdade, então a coisa é pior. Nesse caso estão a sabotar a própria modalidade deliberadamente.

 

O problema que temos enfrentado com a disponibilização das vacinas – ou pelo menos de uma das marcas homologadas -  já motivou a emissão pública da minha opinião, e uma delas neste espaço pessoal onde também sou emissor de informação. Não tenho nada a acrescentar ao que já disse, apenas reforço a minha ideia que, não divulgando o que dentro das suas competências tem feito neste processo, a FPC apenas deixa os membros dos seus corpos sociais, particularmente a Direcção, numa situação incómoda de ter que “engolir” provocações. De todo o modo, pode sempre dizer a FPC que, ano após ano, é publicada uma circular sobre vacinação, e que, sobretudo quem intervém em fóruns, não tem desculpa para afirmar que a desconhece. Ela está à vista de todos os internautas, e pelos menos estes poderiam evitar certas afirmações.

Um pequeno pormenor pode ter uma influência avassaladora em todo um processo de fundamental importância para a nossa Columbofilia. A vacina é obrigatória, e como tudo o que é imposto, não colhe logo à partida a simpatia dos columbófilos. Se além de ser obrigatória a maioria silenciosa desconfiar de interesses dos seus dirigentes na mesma – desconfiança que resulta automática da errada convicção de que a FPC até homologa umas marcas e não homologa outras a seu belo prazer -  teremos todos contra a vacina. Benéfico seria todos juntos com a FPC, em busca de soluções para melhorar as condições de vacinação, desde o acesso aos produtos a usar.

É um exemplo, nada mais.

 

Acho que esta temática da informação deverá merecer a urgente atenção de toda a estrutura, até porque se identifica também, ao nível distrital, uma considerável dificuldade em aceder aos pormenores da vida associativa na generalidade das Associações. Uma maior proximidade entre as entidades organizativas e os columbófilos impediria que se proferissem tantas asneiras, asneiras essas que depois são repetidas e repetidas e repetidas, tantas vezes que alturas tantas até parecem verdades.

 

No fórum do columbofilia.net está agora vivo um assunto que, à semelhança do que aconteceu com as vacinas, não está a ser abordado por emissores adequadamente informados. Falo da questão da pontuação do campeonato geral que, como no outro caso, e independentemente da opinião legítima de cada um, está a motivar afirmações muito desfocadas da realidade. Estranho que lá ninguém tenha ainda corrigido coisas que estão assentes em pressupostos errados. Estranho mas compreendo. Nesse contexto vou daqui dar um pequeno sinal, a que poderão seguir-se outros, conforme a receptividade deste. Aí vai:

 

A alteração em causa foi aprovada pela grande maioria das Associações distritais presentes no último Congresso federativo, e não inventada ou legislada por pessoa ou pessoas desligadas da problemática da competição . Ao Congresso da FPC competiu sempre, até agora, aprovar tudo o que diga respeito ao Regulamento Desportivo Nacional. Também lhe competiu “trazer” a Columbofilia Portuguesa até aqui onde ela está, bem para uns e mal para outros. 

 

Mas, isso foi até agora porque, como é público, face aos novos Estatutos da FPC, as competências relativas ao RDN passaram para o Presidente da Direcção da FPC e para os membros que ele, uma vez eleito, quiser nomear para a sua equipa directiva.

 

Luís Silva

20/Set/2009