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TRABALHAR - 6 - O PODER DO ESFINCTER 26/09/2009

Há dias assisti de fugida a umas quantas cenas de uma série policial que agora passa na chamada 3 das nossas televisões de sinal aberto.

Num momento mais mexido, a mulher polícia conduzia nos limites e em simultâneo ia mirando o computador portátil que o colega ia a manusear. Ele avisou-a “ Presta mais atenção à estrada” ela respondeu “Tem calma que eu tenho boa visão periférica” ele concluiu “Tu tens mas o meu esfíncter não”.

Gosto deste tipo de humor.

 

Em qualquer acto de posse em que participei, assumindo responsabilidade enquanto dirigente da columbofilia em colectividades, associação ou federação, nunca fui convidado a declarar que, nessa responsabilidade, estaria incluída a obrigação de me encolher quando alguém me maltratasse enquanto pessoa, ou achincalhasse a instituição, maltratando-me de indirectamente.

Ora, se não fui obrigado a aceitar antes de, ninguém pode obrigar-me a aceitar depois uma coisa não “contratada”.

Sinto-me maltratado, por exemplo, quando alguém a coberto do legítimo direito que todos tem de criticar e apontar os defeitos do meu desempenho enquanto dirigente, coloca em causa a minha pessoa ou as pessoas que comigo trabalham em prol da columbofilia, e vejo que o fazem de forma perfeitamente gratuita, tentando adquirir perante terceiros alguma evidência, ou estatuto.

Evitem-se, desde já, todos os equívocos. A crítica objectiva àquilo que os dirigentes fazem, é um direito alienável de cada columbófilo. Reconheço-o, e reclamo-o com a mesma intransigência com que repudio as coisas que me revoltam.

 

Este “assassinato público” de pessoas, perante e sem respeito pelas suas famílias, amigos, e restantes pessoas das suas vidas privadas, tem motivado, por inúmeras ocasiões, uma tomada de posição da minha parte, a qual, naturalmente não agrada a alguns. Quando manifesto o meu descontentamento, estou a aumentar o ritmo cardíaco dos engraçadinhos. Até parece que fui eu quem iniciou a contenda.

 

Um “terceiro”, ou pelo menos aparenta sê-lo, tem andado a escrever mensagens no meu livro de visitas. Para tomar como suas as dores dos outros, disfarça-se atrás de nomes falsos, cuja escolha também me parece identificativa duma personalidade vaidosa.

Quem o conhece sabe quão vaidoso ele é.

Duma forma esperta que roça a inteligência, produz sibilinos recados, criticando-me porque, alegadamente, eu estou sempre a defender “a dama”. Tenho apagado.

Mas, se ele as quiser lá, todas elas, terá de fazer como todos os terroristas que  tem alguma dignidade. Reivindicam, de modo a que todos fiquem a saber, a autoria do ataque.

Gente reles, estes tecnocratas intriguistas de esfíncter sensível. 

 

Luis Silva – 26/Set/2009

 

O esfíncter é dotado de uma frustrante intenção de medo que duela com a capacidade de controle daquele que julga ser dono deste.

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