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IGUALDADE - V - PORQUE NÃO ? 21/09/2010

“Que a FPC regulamente os Nacionais, que cada Associação regulamente o seu Distrital, e que os praticantes decidam nas suas colectividades, de que modo pretendem medir as suas capacidades de condutores de atletas, uns com os outros, e dentro desses muros.”

Recomecemos por aqui, e enumeremos uma parte das incontáveis perguntas que a generalidade dos columbófilos já fez, de certeza absoluta, a si próprios, ou mesmo a outros:

            1- Mas porque razão todas as colectividades a nível nacional tem de adoptar um único e mesmo regulamento de campeonatos ?

            2- Por acaso, o facto de uma colectividade ser feliz apurando o seu campeão por pontos, significa que os vizinhos não possam igualmente divertir-se, apurando o seu através de sistema de pontuação diferente ?

            3- Durante quanto tempo mais vamos impor que em cada dez pombos que vão a um concurso, oito deles não conheçam a sua classificação ? Ainda ninguém viu que o aproveitamento de apenas 20 % dos pombos para efeitos classificativos só tem a ver com a dificuldade que, por manifesta falta de ferramentas e depois de tempo, se colocava à décadas atrás a quem tinha que fazer o mapa classificativo ?  ou...

            4- Será que numa colectividade os sócios não poderiam decidir que, para as classificações dessa colectividade, só seriam considerados aproveitáveis 10 % dos pombos encestados em cada prova ?

            5- Sendo a columbofilia portuguesa localmente diversa nas condições climatéricas, no relevo, na mentalidade do povo, nos meios de qualquer ordem, e por isso também diferente no número de concursos por semana e por ano, na distâncias dos mesmos, etc. etc. etc. porque motivo temos de “gramar” o mesmo limite, máximo ou mínimo, de pombos a encestar por prova ou a contar para os campeonatos das colectividades na Mealhada, em Espinho, em Arouca, em Tavira e em Viana do Castelo ?

            6- Quantos columbófilos estão verdadeiramente interessados nos Campeonatos Distritais e Nacionais, a ponto de, para si, os considerarem mais importantes que o prazer de praticarem a modalidade entre os amigos ou conhecidos que maioritariamente sustentam a sua colectividade, nos moldes que eles próprios entendem melhores ? Ou

            7- Com os meios informáticos e de comunicação que hoje existem, quem impede as Associações e a própria FPC de, SEM COLOCAREM EM CAUSA UM DIREITO À DIVERSIDADE BALIZADO Q.B. que toda a sociedade civil gosta ou gostaria de usufruir, quem as impede perguntava-se, de regulamentarem os seus campeonatos com limite de pombos recenseados, com limite de encestados, com limite de concursos, com limite de equipas, enfim, com todos os limites e mais alguns ? 

            1008- E se todas estas perguntas forem de pessoas visionárias, e quem realmente  “sabe da poda” decretar que será mesmo necessário ao futuro da modalidade andarmos todos vestidos com uma bata da mesma cor, pelos menos não se poderia permitir que, durante algum tempo, as pessoas pudessem experimentar as cores à sua maneira, e depois escolher  aquela que verdadeiramente se revelou mais adequada ?  Ou também nisso já existem certezas ?

Vejam só as perguntas que se fazem por aí.

Haja calma. Isto não quer, nem deve ser o início de um estado de sítio. São apenas perguntas, e como dizia o outro, perguntar não ofende… sempre.

Luis Silva, 21/Set/2010