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TRABALHAR 13 – QUANTO VALE UMA OPINIÃO 25/08/2013

 

Provavelmente, o mundo está de pernas para o ar. Será por isso que vejo pessoas aplaudindo pessoas, coisas feitas por pessoas, ou acontecimentos engendrados por pessoas que, em boa verdade, eu não posso sequer admitir como erro, quanto mais como padrão. Acontece que, do outro lado da barricada e com todo direito, os “tipos” sentem relativamente a mim o mesmo que eu sinto em relação a eles, àquilo que fazem, e àquilo que dizem.

A Columbofilia em Portugal representa uma das excepções à regra do poder e, para ter poder na estrutura, nenhum columbófilo necessita de se inscrever e frequentar, anos a fio, as forma(ta)ções ministradas através das “jotas não sei do quê”. Basta que queiram trabalhar pois, infelizmente, abundam por aí e cada vez mais os lugares vazios nas cadeiras do dirigismo e dos locais de decisão, mesmo até no Congresso nacional onde, na opinião de alguns ilustres autores de crítica, iria finalmente ser encontrada a fonte da vida, da liberdade, da igualdade e do progresso pois, estes estatutos futuristas e democratas que os “jotas”nos impingiram, iriam finalmente dar voz ao monumental exército de oprimidos, os columbófilos. Também esses arautos da eterna felicidade terão contas para acertar comigo. Andam muito calados mas, a seu tempo, os desafiarei a falar sobre essa barbaridade, esperando que não escondam a mão na hora de a dar à palmatória. Calculo e desde já antecipo que a desculpa das cadeiras vazias seja mais uma vez a culpa da FPC ou das Associações, principalmente as tais grandes.  Calculo também que, a absoluta ignorância que leva ao endeusamento dos vendedores de ilusões, não permita que sejam desde já desmascaradas algumas outras aberrações que, devagarinho, tentam gatinhar no próprio vomitado, numa de pontapé para a frente. Cada columbófilo um voto e remuneração dos dirigentes são coisas “fixes”. O que é triste é que, quem os proclama benéficos, não tenha capacidade para imaginar ou verticalidade para incluir nos seus “testamentos de hipocrisia”, os cálculos onde o milagre é reduzido a euros, ou seja, quantos sacos de ração iriam representar para cada pombal. 

Sobre as questões financeiras e as distâncias dos concursos de fundo da Associação de Aveiro, haverei de falar como columbófilo que sou e com recurso a toda a informação a que, como tal, pude aceder. Como prometi irei com calma. É que, para já, não parecem ser coisas muito preocupantes para a esmagadora maioria das muitas centenas que JUNTAS fazem a tal grande Associação. Aos de fora, eu columbófilo do distrito de Aveiro convido-os a todos a conhecer-nos melhor. Irão constatar que somos grandes, como dizem, e daí advém o termos de tudo para dar e vender, até mesmo columbófilos que são capazes de criticar civilizada e construtivamente a sua Associação, ainda que discordem de algumas decisões que são tomadas por aqueles que eles próprios elegeram.

Uma opinião vale o que vale, e as minhas tanto como as dos outros. Por isso o próximo TRABALHAR terá como título “Presunção e Água Benta”.

Luis Silva – 25/Ago/2013