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EXPOSIÇÕES 3 – PREJUÍZOS OU AUSÊNCIA DE LUCRO ? 16/01/2023

Quase a terminar a contagem decrescente para TORRES NOVAS 2023. Consigo imaginar o frenesim de quem compõe a equipa de trabalho, esmiuçando check lists, ensaiando cenários, testando equipamentos, revisando horários, confirmando presenças, alterando reservas, inventando, recriando e conjugando soluções para os problemas de última hora, os inevitáveis problemas de última hora, quase sempre aduzidos por pessoas estranhas ao serviço.

Sou daqueles felizardos que possui um pombo que vai ter uma gaiola reservada em torrejanas paragens e já fui contactado pela minha associação a marcar hora e lugar onde passará o Fernando Silva para o levar. Sou também felizardo porque não farei grande deslocação até ao ponto de recolha, mas se tivesse distância a fazer, seria percorrida com o mesmo espírito de missão que motiva os que estão mais longe, missão essa que se traduz num pequeno esforço por um ser vivo que tanto já se sacrificou para meu benefício. O meu atleta viajará depois ao cuidado de alguém que ele já conhece desde que começou a frequentar as caixas metálicas em 2017, alguém que dele tratou e por ele velou muitas vezes a caminho dos locais de solta, alguém que neste momento sinto vontade de homenagear com estas singelas palavras, o nosso Fernando, o Fernando que a Columbofilia Aveirense terá ao seu serviço enquanto ele quiser e puder, a menos que dos lados de Lisboa nos chegue algum mestre de gestão de frotas e associações, com quilómetros de escrita no periódico e milímetros de coisa demonstrada nos sítios que pensa conhecer. Voltando à viagem até ao Ribatejo, as diferenças nesta é que o regresso está garantido, e não será exigido ao atleta esforço físico sequer comparável com um treino de curta distância. Tivesse o meu 726 a sua missão de corredor por completar integrando a equipa de voo de 2023, e seria dado como apto no “grupo de trabalho” quatro dias após o seu regresso, depois de assegurados os cuidados mínimos de readaptação à carga de treino, com cinco minutos de voo no dia seguinte à chegada, dez no segundo, vinte no terceiro, e assim se escangalha um tabu.

E pronto, se o supremo e divino poder não decidir contrariar-me, lá chegará o meu pombo ao Palácio dos Desportos de Torres Novas. Prevejo e sem drama aceito que outros lá estarão com coeficientes mais competitivos. Parabéns para eles e para os seus donos.

Mas depois disto tudo, e demonstrado que não podem ter perdido muito, que ganharam afinal os participantes ?

Aqui dou a mão à palmatória admitindo que alguns colegas tem razão. É tempo das competições de âmbito nacional proporcionarem prémios mais prestigiantes aos competidores, e aqui, antes que alguém se lembre de atirar dinheiro para cima das coisas, é inevitável e mesmo urgente que o investimento se direcione primeiro para a certificação dos resultados. Depois, concorrentes motivados por prémios valiosos, encontrarão forma de cumprir com exigências regulamentares que não deixem pairar dúvidas sobre os resultados. Importa também que tais exigências sejam congeminadas para aplicar nos patamares adequados de forma a que não aqueça ainda mais o inferno de quem trabalha nas colectividades.

Estamos de acordo ?

Mas falta falar no Standard.

Luis Silva

16/Jan/2023

Ago/2009