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POMBOS EM LOCAIS URBANOS (CIDADES) 23-04-2019

 

POMBOS EM LOCAIS URBANOS (CIDADES)

Mas sempre com Olho no Pombo correio.

Evocando sempre as palavras sábias do meu grande mestre e Médico Veterinário Dr. Pereira Baptista sobre o flagelo dos Pombos nas grandes Cidades e suas consequências, mas também as suas Doenças, não sendo ele um homem fisicamente ligado aos Pombos como Columbófilo mas era um sábio nesta matéria, e já tinha uma visão e uma perceção dos acontecimentos a curto, médio, e longo prazo, do excesso de Pombos vadios nas grandes Cidades, o que hoje será uma realidade na destruição maciça dos nossos monumentos, assim como a destruição de toda uma Cidade e várias Vilas, estas conversas eram muito frequentes dentro da filosofia do Pombo correio associado ao chamado Pombo vadio, e seu contágio ao nível de várias patologias para com o ser Humano, e também para com outros Animais existentes no meio ambiente, aqui deixo algumas palavras para reflexão dos Columbófilos quando algum destes Pombos entrarem nos seus Pombais.   

INTRODUÇÃO: As praças publicas, passeios, jardins, e Bairros históricos de todas as Cidades no geral, dão abrigo a colónias cada vez mais numerosas de Pombos vadios, as grandes concentrações destas Aves no meio urbano arrastam consigo um cortejo de preocupações que interessam á Saúde Publica e Saúde Animal, tambem á conservação do Património monumental, urbanistico, paisagistico e ambiental.

O aumento da densidade demográfica e a premiscuidade, condicionam também um menor volume de ingestão, por maior repartição dos recursos Alimentares e como consequência disso os Pombos vadios fragilizam-se, e potenciam-se, as condições para a instalação de agentes Parasitários e Infecciosos, estes agentes por vezes contagiosos como será o caso da Salmonela, transformam praticamente a totalidade dos Pombos em reservatórios potenciais de Clamidia, Giardia, Histoplasma Criptococcus, Candida, Yersinia, Listeria, e Virus, alguns dos quais com uma extraordinária relevância em Sanidade Avicola, logo aqui o Columbófilo deve pensar duas vezes quando um Pombo destes entra em seus Pombais, ou quando um Pombo perdido em concurso aparece ao fim de alguns dias, deve-se receber a Ave de braços abertos mas fazer sempre a quarenta para evitar o contágio directo, porque ninguem sabe por onde ele andou, onde comeu, ou onde bebeu, muito cuidado.

O aumento exagerado das populações Columbídeas sintropas decorre de múltiplos fatores, como a disponibilidade de refúgio, o excessivo fornecimento de Alimentos voluntária ou involuntariamente pelas pessoas a tolerância mútua entre Pombos e Homens, a grande capacidade de adaptação destes Pombos fugidos ao meio Rural, e ainda  praticamente a inexistência de predadores naturais que antigamente existiam dentro das Cidades nos grandes Monumentos o caso dos Ratos, das Corujas, os Peneireiros, os Falcões, e Gatos vadios, entre outros que enfrentavam esta praga de Pombos de peito aberto e sem medo, pelo menos os mais debilitados, e os que estão completamente Doentes a transmitir as Doenças mais graves á outra população columbídea e ao próprio ser Humano.

Qualquer população cinegética pode manter-se estável se estiver em equilíbrio harmonioso com os restantes elementos do respetivo bioma, sujeitando-se a perder os seus elementos mais fracos e Doentes pela ação dos reguladores ambientais, e nunca pela ação cobarde do ser humano através de veneno, redes, ou armadilhas, o que acontece frequentemente em várias zonas de variadíssimas Cidades a nível Nacional, onde nós que gostamos tanto dos Animais ficamos perplexos e revoltados com atitude de certas pessoas e Municípios, porque existe métodos convencionais para reduzir esta população através de esterilização contracetiva a colocar na Água de bebida ou Alimentação.

Sempre que se introduz uma alteração nos elementos tamponadores do meio, a densidade populacional, não controlada naturalmente pode aumentar bastante conduzindo ao superpovoamento, estabelece-se assim um terreno propicio á eclosão e propagação rápida das Doenças contagiosas, algumas das quais chegam a evoluir de forma epizoótica, cite-se o caso ocorrido em 1984 na Inglaterra um surto de Doença da Newcastle (Paramixovírus) devido a rações mal equilibradas e cereais conspurcados com excrementos de Pombos infetados.

No que respeita aos perigos de infeções com repercussão em Saúde Publica, e Saúde Animal, apesar do risco de transmissão de Doença ao ser Humano ser baixa e discutível, com exceção dos grupos profissionais com contactos intensos e diários, aqui são várias as infeções potencialmente transmissíveis podendo-se destacar entre elas a SALMONELOSE, porque o agente etiológico mais frequente incriminado nesta afeção é a Salmonela Typhimurium e particularmente a variedade Copenhagen, que embora exiba uma certa especificidade para os Columbídeos pode apresentar algum perigo para o ser Humano e para outros Animais desde Cães, Gatos, Pardais ou outras Aves de Cidade , na disseminação deste agente podem também intervir os Ratos que contactem com Pombos infetados ou restivos despojos destes, certas pessoas atribuem aos Pombos vadios uma importância menor na disseminação desta Bactéria, uma vez que a via de contágio ao ser Humano é habitualmente feita através do consumo de Alimentos ou bebidas contaminadas, mas para evitar tal contágio da Salmonela Typhimurium ou Enteritidis para com o ser Humano, já existe no mercado a nível Mundial uma Vacina para as Salmonelas a colocar na água de bebida para esta classe de Columbídeos, e toda a classe de Aves sem exceção, colocando aqui também o Pombo correio, evitando assim, a grande mortalidade nos Pombos da cidade como em Pombos de alta competição Pombos correios que todos os Anos vem sofrendo gratuitamente milhares e milhares de mortes nos seus Jovens Borrachos sem solução á vista assunto muito sério no meio Columbófilo.

A Salmonela ao atingir o Intestino do Pombo por via Alimentar, penetra na respetiva parede do Intestino ocasionando e formando uma forte reação inflamatória onde origina uma Enterite catarral, os Animais apresentam uma Diarreia de aspeto característico de cor variável entre o Castanho e o Verde escuro, com abundante mucosidade expeça e pegajosa por vezes com alimentos mal digeridos e de cheiro fétido, na continuidade deste processo surge aqui a Astenia, com insuficiência na digestão dos Alimentos e um emagrecimento muito rápido. com a mortalidade constante.

Também ocorre subsequentemente no Pombo um estado Septicémico, por fixação da Bactéria ao nível das Articulações, pelo facto, que o Pombo não possui tutano dentro da estrutura Óssea mas sim Oxigénio, aqui, observa-se com muita frequência tumefações Articulares por aumento de produção do liquido Sinovial e Artrite, este processo atinge sobretudo as Articulações das Asas provocando a respetiva extensão das mesmas da qual os Columbófilos chamam de (mal de Asa) ou das Patas originando por vezes claudicações irreversíveis e irrecuperáveis, mas quando isto acontece em Columbofilia deve-se aplicar no imediato aos Pombos afetados o fabuloso Artro Kurasan na recuperação das Articulações e estrutura Muscular para evitar a claudicação.

Na parte Visceral crónica e consecutiva á Septicémia, todos os Órgãos poderão ser atingidos, e aqui, ser a sede de multiplicação do agente no Fígado, Pulmão, Rins, Baço, Saco Pericárdio, e Pâncreas, ai surgem nódulos acinzentados de aspeto gorduroso com dimensões variáveis, entre a cabeça de um Alfinete ao tamanho de uma Noz, no mesmo Pombo que apresente a Enterite catarral pode encontrar-se uma Hepatite necrótica, com corpos de inclusão altamente graves com aglomerados Bacterianos para tal situação deve-se fazer uma desintoxicação e purificação Sanguínea para dissipar tais nódulos existentes no Fígado e fazer a descarga catarral do intestino, isto em Columbofilia, porque nos Pombos de Cidade será impossível.

A forma Nervosa ocorre nos casos em que as Bactérias atingem as Meninges e a Medula Espinal, onde expressa-se por Paralisia com perturbações do equilíbrio e convulsões agónicas, sempre que esta forma ocorre a sua evolução é rápida com desfecho fatal nos Jovens Borrachos e nos Pombos Adultos mais enfraquecidos. Os Pombos Adultos que não sucumbam poderão tornar-se portadores da Doença, serão estes juntamente com os Doentes que terão a responsabilidade da disseminação ambiental da Salmonela por uma ou mais das seguintes vias: através dos Alimentos, ou Água contaminada com dejetos, através da papa Alimentar, ou através da saliva durante a Alimentação dos Jovens Borrachos, ou por via Transovárica (infeção dos óvulos) por contaminação dos Ovos na Cloaca ou após a postura por dejeções contaminadas existentes no local, por toda esta situação aqui transcrita deve-se ter o grande cuidado higiénico e a obrigação de vacinar os Pombos com a Vacina das Salmonelas colocada na água de bebida para evitar tais situações de contágio direto.

A prevalência da Salmonela encontrada em vários cadáveres de Pombos sinantropos será bastante elevada quando comparada com valores habitualmente referidos esta circunstância pode levar a pensar e suspeitar ser a Salmonela uma das causas mais diretas da morte destes Pombos, dado que a frequência da infeção sub clinica geralmente descrita em populações de Pombos da Cidade é bastante elevada entre os 25 a 30 %, a sazonalidade é um elemento importante a considerar na epidemiologia de Salmoneloses, uma vez que é justamente no fim de Verão entre Julho e Setembro que se registam maiores incidências na morte dos Jovens Borrachos e Pombos adultos, poderá ainda resultar de questões de ordem metodológica uma vez que as condições de temperatura ambiente favorece claramente as Salmonelas que originariamente possam estar em maioria e bastante ativas.

Por outro lado o Sorotipo que tem sido isolado com mais frequência nos Pombos de Cidade será a Salmonela Typhimurium considerada uma das mais virulentas para com as Aves, no entanto a probabilidade desse agente ser transmitido ao ser Humano é bastante baixa, uma vez que a porta de entrada mais habitual será via Alimentar, mas será de salientar no entanto que os locais mais densamente povoados por Pombos urbanos também são polos de atração para segmentos da População Humana maioritariamente Crianças e Idosos cuja vulnerabilidade aos agentes infeciosos está potenciada.

Existem vários estudos que permitem verificar que a Salmonela desempenha um importantíssimo papel na patologia dos Pombos de várias Cidades uma vez que a prevalência do agente em cadáveres será bastante elevada 75 %, isto poderá levar a suspeitar ser esta uma das principais causas de Morte destes Animais Pombos da Cidade.  

VACINA das SALMONELAS: A melhor Vacina a nível Europeu contra as Salmonelas, com proteção mais precoce, duradoura e ampla contra dois tipos de Salmonelas: Enteritidis, Typhimurium, as mais perigosas para os Pombos correios e Pombos da Cidade.

Nenhuma outra Vacina Europeia contra as Salmonelas pode oferecer este nível de proteção aos seus Reprodutores, Jovens Borrachos, e Pombos Adultos, porque o lema do Columbófilo será proteger os seus Reprodutores para garantir a proteção dos Jovens Borrachos contra as Salmonelas S.P.P quanto mais cedo melhor, porque proteger as Aves Jovens contra a Salmonela é uma corrida contra o tempo e uma obrigação.

Se esta estirpe Vacinal coloniza o Pombo antes, então este ficará protegido contra as Salmonelas Enteritidis, e Salmonela Typhimurium, durante pelo menos 6 meses de imunidade, aplicável na Água de bebida com segurança de 100% para os Reprodutores, onde estes passam 30% de Imunidade e segurança dentro do Ovo para o jovem embrião (Borracho), ficando este com uma grande margem de imunidade á Doença, evitando assim Ovos Golos, Ovos Escuros, e Mortalidade.

Os Jovens Borrachos após separação dos pais devem ser vacinados com esta fabulosa Vacina para ficarem com a Imunidade total, para que não exista a Mortalidade gratuita que todos Anos assola os Jovens Pombos no nosso Pais.

ALEXANDRE MARIA PEDRO

ESPECIALISTA NO DESPORTO COLUMBOFILO

EMAIL: alexandremariapedro@hotmail.com