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OLH’Ó BORRACHO 26-08-2011

OLH’Ó BORRACHO

Para se ter Pombos-Correios a competir não basta dar-lhes Milho: Como todos os atletas, estes precisam de Clínicas Especializadas. Uma, delas, acaba de abrir em LISBOA. 

Esta foi uma notícia que saiu no dia 10 de Junho de 1993 no conceituado jornal TAL & QUAL.

Para aqueles Columbófilos mais sépticos ou duvidosos, alguns ainda usavam fraldas, outros nem sequer tinham nascido, mas eu já trabalhava nesta área, como posso comprovar, e aqui vou desvendar mais um pouco, do meu currículo como Especialista em COLUMBOFILIA.

O ARTIGO DIZIA O SEGUINTE: Se disser que há 37 mil pessoas inscritas na Federação Portuguesa de Columbofilia, e que cada uma delas possui em média, uma centena de Pombos-correios, não só se compreende que comecem a aparecer Clínicas Veterinárias Especializadas em Pombos-Correios, como até se estranha que isso só agora aconteça.

Até hoje Columbófilos e Columbicultores, ou seja, respectivamente, concorrentes por interposta Ave nas corridas de pombos e criadores da espécie, em caso de doença dos bichos não dispunham de especialistas para lhes acudir senão em Coimbra na Sede da Federação.

A descentralização parece, porém, conseguida: Um Veterinário e um experimentado Especialista, Assistente e praticante da modalidade associaram-se para explorar, desde o princípio do mês, uma Clínica, à qual o número de adeptos da Columbofilia deverá garantir uma próspera existência.

O Veterinário é o Dr. Pedro Geada, de 38 anos, com consultório numa artéria central de Lisboa, o Especialista e Assistente o Sr. Alexandre Pedro, de 42 anos, há 30 anos ligado á Especialidade e Pombos-correios.

Não partilho a ideia de que o Veterinário há-de assistir com a mesma proficiência ao Elefante ou ao Periquito - observa Dr. Geada. Aqui, como em tudo, tem de haver Especialização. Não se trata só de cuidar da Saúde das Aves: há que olhar pelo seu regime. Pombos-correios são atletas. De Velocidade – Meio-Fundo e Fundo. As corridas em que são induzidos a participar variam entre os 100 e os 1000 quilómetros. A boa forma é essencial. Portanto, existe Dietética e não se pense que não é complexa: entre suplementos Vitamínicos – Aminoácidos – Germicidas e Antibióticos, há um fartote de produtos a ministrar aqueles campeões do Voo.

Mas há outras novidades na assistência aos Pombos-correios. Precaver o seu roubo e facilitar a recuperação após uma prova desportiva por exemplo. Para isso é indispensável garantir-se a identificação dos bichos. Os métodos até agora empregues ou eram falíveis ou redundavam em incómodo para eles. O último grito, nesta era da electrónica, é outro: uma perene marca subcutânea, contendo um micro-chip contendo um código inconfundível como um bilhete de identidade. A maioria das pessoas estranhará o investimento de tantos meios em seres tão banais como Pombos, desconhecem a paixão que a eles liga os aficionados. São seis meses por ano durante os quais os Columbófilos consagram à competição todos os fins-de-semana, levando as Aves às sedes das Associações onde estão filiados, as quais providenciarão o seu transporte para o local de largada, e aguardando depois a aterragem no Pombal, a fim de retirarem a anilha referente à prova e a introduzirem no constatador - um relógio que regista inapelávelmente numa fita de papel esse momento. A paixão é tão pequena ou tão grande que há mesmo em Portugal, quem pague centenas de contos por uma dessas Aves, que aos seis anos está já velha para competir e cuja esperança de vida não ultrapassa os quinze. De facto, isso explica-se porque Columbofilia e Columbicultura se confundem. O Columbófilo não se contenta em possuir uma Ave que some vitórias durante a sua breve juventude, quer outras que lhe repitam a carreira gloriosa. O Campeão, mesmo retirado das provas, tem ainda utilidade como Reprodutor. Pode tornar-se o patriarca de uma linha de Aves super-dotadas. Consegui-lo como conseguiu uma certa linha de Pombos muito em Vouga os Armindos Caracinhas, os Simons, os Fabrys, etc. Etc. Do que coleccionar troféus. Aliás a procriação está intimamente ligada ao lendário sentido de orientação do Pombo-Correio e à pertinácia que ele põe no regresso a penates. No fundo o Macho afadiga-se é a voltar para junto da companheira, à qual se liga vitaliciamente, sem prejuízo de umas facadas matrimoniais a que nunca se escusa.

É essa característica que os Columbófilos exploram através, no caso do macho, de três métodos principais: um dito natural, sem quaisquer artifícios, ou seja, em a Ave voltando consentir-lhe a junção á Fêmea: os outros ditos, ditos de Viuvez e de Poleiro, que consistem em regatear esse reencontro. Em relação às Fêmeas, tão boas ou melhores voadoras do que os Machos, recorre-se a outros truques, nomeadamente o impulso para a retoma do choco. Problema para o qual Medicamentos de nenhum Veterinário ou indicações de nenhum Técnico Especialista têm remédio, é o que para este inofensivo divertimento representam os caçadores. Parte da temporada da Columbofilia, por razões que se prendem com o ciclo de Vida do Pombo-Correio (Muda de Pena) susceptibilidade ao calor, etc. Coincide com a época da caça: e não há Columbófilo que não perca nesse período uma grossa percentagem das Aves. Umas não voltam: outras conseguem fazê-lo, mas com a saúde arruinada pelos chumbos. É que a generalidade dos nossos caçadores atira primeiro e só depois vai ver se a presa era ou não bicho doméstico para não falar dos que alvejam de propósito esses maratonistas do Ar, sofisticados Gourmets que lhes apreciam os músculos coriáceos.

Pelo Jornalista: Fernando Brederode Santos - do Jornal Tal & Qual. (FIM)

Nota do Autor: Esta Clínica quando abriu, foi tema, de reportagem televisiva na SIC, feito pela grande jornalista Clara de Sousa. 

Meus caros amigos Columbófilos como podem ver, e eu comprovar, que nesta data 1993, já receitava, e aconselhava as centenas ou milhares de Columbófilos que solicitavam a minha ajuda, porque sempre foi a área que eu me sinto completamente há vontade, quer na informação, na prospecção, e no conselho aos Columbófilos sobre as Doenças dos seus Pombos, e Métodos Desportivos.

 Porque a Columbofilia Desporto, e a Doença dos Pombos, sempre foi, é e será a minha grande Paixão, da qual todos os dias continuo a estudar e a desenvolver novos Métodos, para servir cada vez melhor os Srs. COLUMBÓFILOS e os seus Pombos.

Também quero agradecer ao Dr. Pedro Geada, pela grande amizade que nos uniu, e pelo bom trabalho, que desenvolvemos em Conjunto, a bem da COLUMBÓFILIA NACIONAL.