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DOENÇA DO GUMBORO (DOENÇA DA CABEÇA INCHADA) 22-12-2011

DOENÇA DO GUMBORO

(DOENÇA DA CABEÇA INCHADA)

A Doença do GUMBORO, também conhecida como a Doença Infecciosa da Bursa (D.I.B), caracteriza-se por ser uma Virose Aguda e altamente contagiosa com severo efeito de imunossupressão causando grandes perdas económicas na indústria Avícola, mas também grande prejuízo na Columbofilia, porque nos últimos 5 a 6 anos existe uma centena de Columbófilos que todos anos são confrontados com esta Doença nos seus Pombos. Pensando estes de ser uma forte Ornitose, mas não, a Ornitose não tem esta maneira de se manifestar, nem tem este comportamento Clínico.

1º Os Pombos Infectados apresentam o Globo Ocular muito inchado, com bastante humidade purulenta, com a pálpebra por vezes colada, tendo o saco lacrimal completamente dilatado, e com um olhar muito mortífero.

2º Passados 48 horas este inchaço passa para toda a Cabeça do Pombo, onde este fica com a Cabeça inchada parecendo um Mocho.

3º Apresentando uma ligeira Diarreia, Anorexia, Depressão com Tremores, Penas secas e enriçadas com prostração e por vezes a Morte.

A Doença é causada por um Vírus da família do Birnaviridae.

Os grandes hospedeiros da Doença do GUMBORO são sem dúvida, as Galinhas, contudo actualmente já existe em Pombos Correios, Perus, Patos, também já foi detectado a Doença em Avestruz, quer na classe de ainda pintos como nos Adultos.

A transmissão ocorre pelo contacto com Aves infectadas e Sementes contaminadas. Porque os prováveis disseminadores do agente Viral são carreadores mecânicos como Aves Silvestres, Pardais e outros, Pombos vadios, Rolas Turcas, Gaivotas, e por vezes até o próprio ser Humano no seu calçado.

A Doença tem uma evolução muito rápida, por isso não há que confundir. Esta Doença pode manifestar-se de duas formas, a Aguda, e a Sub-Clinica, dependendo da idade dos Pombos infectados. A forma Sub – Clínica ocorre com mais frequência em Borrachos com menos de 6 semanas de idade. Nesta fase ocorre o desenvolvimento do sistema Imunitário do Borracho pela Bursa de Fabricio, ou seja os Linfócitos pro- duzidos nela, que migram para os Órgãos internos, ou seja os chamados Linfoides secundários. Como a Bursa é o Órgão alvo e principal do Vírus, uma Infecção nesta fase, será muito perigosa, onde o sistema Imune do Borracho ainda não está maduro, e este produzirá uma imunossupressão severa e prolongada.

A forma Aguda ocorre normalmente no Pombo Adulto, neste caso a imunossupressão é temporário e com manifestação Clínica. Os sinais Clínicos são aqueles que anteriormente já expliquei no ponto – 1º-2º-3º.

 A severidade da Doença e suas consequências variam de acordo com a dose infectante (STATUS) imunológico e a presença de factores intercorrentes, que podem ocasionar uma mortalidade entre 5 e 30% quer em Pombos Adultos quer nos Borrachos.

Na Europa ocorrem Surtos da Doença clínica do GUMBORO, mas com uma mortalidade muito elevada por vezes atingindo os 100% nos grandes Aviários. Estes casos isolados não apresentaram mudanças Antigénicas apesar dessa alteração na sua Virulência. Os Vírus responsáveis por estes surtos foram denominados de “muito virulentos”.

Nas Infecções com certos sinais Clínicos, são similares aos produzidos pelos Vírus convencionais, agora denominados de clássicos mas muito Virulentos, porém mais severos e exacerbados, além da alta mortalidade que estes podem provocar.

A importância da (I.B.D) na Avicultura e na Columbofilia decorre das perdas resultantes das altas taxas de mortalidade, na forma aguda da Doença ou das suas consequências da imunossupressão que reduz o desempenho Reprodutivo e Desportivo de toda uma Colónia de Pombos Correios. Que por meio desta Infecção pode abrir portas a outras Infecções Secundárias, havendo também uma baixa na conversão Alimentar do Animal e assim pondo em causa uma redução das respostas contra as Vacinas. No presente a Doença está bem controlada, por meio de um tratamento adequado e ajustado á própria Doença, assim como pela sua Vacinação que será um dos principais métodos de controlo do (I.B.D) aliado a medidas de biossegurança em razão da alta resistência ao Vírus no ambiente.

Tratando-se dum quadro Clínico e Zootécnico que varia desde as situações perfeitamente evidentes, a outros mais discretos, não passa contudo despercebido a nenhum Columbófilo, pois o seu grau de manifestação reflecte-se sempre a nível das performances da colónia com evidentes prejuízos Desportivos. Talvez por isso a preocupação com o controlo da Doença do Gumboro, constitui uma das principais preocupações dos responsáveis e Técnicos Avícolas o que também poderia passar pela Columbofilia.

A principal forma de controlo desta Doença passa obrigatoriamente pela imunização das Aves com principal ênfase nas primeiras 6 a 8 semanas de idade. Esta imunização apresenta duas formas distintas e complementares na grande maioria dos casos: imunização passiva e activa. A imunização passiva consiste na Reprodução de Borrachos, na imunidade dos próprios Reprodutores através da Vacinação na água de bebida, que por sua vez, transmitem essa imunidade na forma de Anticorpos circulantes, á sua própria descendência. Esta imunidade adquirida de forma passiva, por via maternal, vai decrescendo de forma gradual com a idade do Pombo.

Actualmente o facto de se Reproduzir com Pombos de idade diferentes, e associado a Aves provenientes de várias zonas e Países, ao facto de se juntarem estas Aves, conduz a uma população muito global com uma imunidade não adquirida na origem maternal o que coloca alguma possibilidade de adquirir a Doença do Gumboro. Actualmente e para agravar a situação deste universo tem surgido muitos casos provenientes de Reprodutores não Vacinados contra esta Doença.

Estes Reprodutores pelo facto de não serem Vacinados não significa que não transmitam imunidade passiva á sua descendência.

Porque está provado que Pombos Adultos não Vacinados possuem níveis de Anticorpos circulantes, mas com enorme irregularidade, o que, pelo facto de não serem vacinados fazem reflectir aquela heterogeneidade á sua descendência. A imunidade activa consiste na imunização resultante da Vacinação de toda a colónia, no entanto a eficácia desta Vacinação implica o cumprimento de vários factores. Por isso Vacinem os vossos Pombos contra a Doença do Gumboro se não querem sofrer desgostos.

Vacinas: Várias existem no mercado e de grande qualidade. Mas devem consultar o Médico Veterinário assistente da vossa colónia de Pombos Correios para uma informação mais pormenorizada.

 Método de Vacinação: Dar de comer aos Pombos, estes ficam 4 horas sem beber. Depois coloca-se a Vacina dentro de 5 litros de água Mineral, agita-se muito bem, e coloca-se á disposição das Aves o resto do dia.

NOTA: Deve-se cumprir as normas de higiene antes e depois deste acto lavar depois, muito bem, os bebedouros com água corrente e um desinfectante, ou água quente.

Mais uma vez com este meu artigo penso ter ajudado e colaborado na evolução de alguns Columbófilos, pelo menos os mais Jovens que são o futuro da Columbofilia Moderna, porque os outros já sabem tudo, não vale a pena. Ensinando sempre com honestidade humildade e respeito pelos Columbófilos, sempre ao vosso dispor para qualquer informação, este sempre amigo.