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CIRCOVIROSE COLUMBINA 29-02-2012

CIRCOVIROSE COLUMBINA

 Esta Doença manifesta-se nos Borrachos mais frequentemente após o desmame, com idade entre as 10 e as 15 Semanas, e é caracterizado por sinais Clínicos tais como: Anorexia – Debilidade – O Papo cheio de um líquido amarelo com um cheiro muito agressivo – Vómitos – Diarreia e Poliúria (excesso de urina) com Plumagem Baça e Quebradiça.

Geralmente cerca de 20% dos Borrachos são atingidos por esta Doença, e a taxa de Mortalidade pode ser bastante elevada. O quadro Clínico é fortemente influenciado pelo estado Sanitário de cada Colónia, e por conseguinte pelas Infecções secundárias Virais, Bacterianas, Parasitárias.

Infecções que acompanham a Escherichia Coli são frequentemente diagnosticadas. Os exames laboratoriais mostram que esta patologia está sempre associada a um Vírus: CIRCOVIRUS.

O Circovirus no Pombo foi posto em evidência pela primeira vez nos Estados Unidos, contudo um estudo retrospectivo demonstrou a presença de Infecções similares noutros Países da América latina.

Seguidamente o Vírus foi detectado em Pombos Correios na Irlanda, Inglaterra e Alemanha. Os primeiros casos de Infecção através do (PICV) na Europa aconteceram nos anos entre 1995 a 1998.

Actualmente esta Infecção está alastrada a nível Mundial e atinge em particular os Borrachos na altura do desmame (separação). A maioria dos Borrachos é infectada de forma Sub-Clinica, isto é, não apresentam sintomas visíveis nas 48 horas antecedentes, esta globalização do Vírus explica-se facilmente pela prática do Desporto Columbófilo. As trocas, as Vendas, os Concursos de Borrachos, as Exposições, tudo isto representa outras tantas causas potenciais de disseminação, e isso tanto mais, se tivermos em conta que a tudo isso se encontra sempre associada uma certa dose de estes Borrachos estarem Apavorados, Stressados e com Medo de se alimentarem nas devidas condições, nos Pombos Adultos lembremo-nos simplesmente dos encestamentos dos concursos Nacionais, mas mais acentuado nos Concursos de Fundo, em que o Stress e o medo de se alimentarem nas caixas, por vezes, leva a um enfraquecimento total da Ave, na resistência á Doença.

A Circovirus no Pombo é um Vírus de um tamanho muito pequeno, comparado com outros Vírus, por exemplo o da Varíola, e ainda mais pequeno do que o da Paramixovirus. O Circovirus é um Vírus não encapsulado que apresenta uma estrutura de várias formas, e que possui um genoma constituído por uma Molécula de ADN circular de aproximadamente de milhares bases, o que o torna único entre os Vírus que infectam os Animais. A análise do genoma de dezenas de Circovirus do Pombo, este proveniente de alguns Pombos Correios e Pombos vadios de cidade provenientes de vários Países da Europa pôs em evidência uma organização idêntica para os genomas cujo tamanho varia entre os milhares bases. A comparação das sequências nucleótidicas demonstrou uma identidade que varia entre algumas percentagens.

Alguns estudos demonstraram a presença de ADN Viral entre inúmeros Pombos completamente adultos, nomeadamente ao nível dos órgãos Respiratórios, do Fígado, dos Rins e do Baço. Os Circovirus são particularmente resistentes e estáveis, eles apresentam resistência a certas soluções Ácidas e Fórmicas, permanecendo estáveis entre os 60 e 80º C – pelo menos durante 30 minutos. Existem reduções significativas na força do Vírus quando expostos á presença de alguns produtos tais como: produtos na base do Amoníaco, do Potássio, do Álcool, da Lixívia entre outros, mas pouco mais. Por isso se for apanhado por esta Doença nos seus Pombais já sabe como desinfectar estes, e também os seus utensílios.

Por ocasião de uma necrócia o exame põe em evidência de forma recorrente nos Borrachos Doentes uma atrofia da bolsa de Fabricius e do Timo, órgão Linfático, tal e qual como a Doença do GUMBORO. No exame microscópico á bolsa de Frabricius revela lesões de bursite necrosante aguda, porque inúmeras Células contêm grandes conjuntos de inclusão Micoplásmica, que será uma característica desta Doença.

Estes corpos de inclusão são ainda mais raramente observados a nível do Baço, do Timo, do Tubo Digestivo, e do sistema Respiratório. Uma certa destruição do tecido responsável pelas defesas Orgânicas, pode ser igualmente observada ao nível da bolsa de Fabricius, porque em certos exames feitos ao microscópio aparecem corpos de inclusão que mostra a presença de partículas CIRCOVIRAIS.

O Circovirus do Pombo, tal como geralmente os outros Circovirus Aviários, está associado a infecções do sistema Imunitário, porque este Vírus cria um terreno favorável ao desenvolvimento de outras Doenças no Pombo. A protecção dada pelas Vacinas utilizadas no Pombo Correio por vezes pode diminuir a sua acção, e dai o insucesso na Vacinação contra a Paramixovirose que se podem por vezes observar em Borrachos infectados por este Vírus.

Quantidades importantes de Vírus são encontrados ao nível dos excrementos, e a transmissão é feita pela inalação de poeiras virulentas contaminadas pelas matérias fecais existentes nos pombais Reprodutivos, ou na falta de higiene quando a separação dos Borrachos no desmame, porque esta é uma forma de transmissão horizontal do Vírus. Alguns estudos demonstram que a maioria dos Borrachos são infectados desta maneira nos seus Pombais no período pós – desmame.

Contudo certas afirmações e estudos demonstraram a presença de ADN Viral em numerosos Pombos Adultos nomeadamente ao nível dos órgãos Respiratórios e Reprodutivos. É por essa razão que o Vírus poderá ser transmitido de PAIS para FILHOS o que se chama de contaminação vertical e serão estes jovens Animais que vão contaminar toda a colónia de Borrachos no pós-desmame. 

Ainda existe uma grande confusão nos Columbófilos porque quando esta Doença aparece, pensam logo, mas erradamente, que os seus Pombos contraíram a Adenovirose. Mas isso explica-se pelo facto de uma vez na presença dos sintomas descritos no inicio do artigo, alguns Columbófilos mais experientes tentarem logo diagnosticar como uma Adeno-Coli isto sem consultarem nenhum Médico Veterinário ou um Especialista, no entanto, e no imediato, não será feito nenhum exame Laboratorial que permita pôr em evidência o Adenovírus, mas sim tudo baseado simplesmente na experiência, e nos sinais clínicos, que os Pombos possam apresentar.

Aqui também existe uma certa razão sobre os Columbófilos, porque temos um leque relativo de 3 a 4 Patologias com sintomas praticamente iguais, e a confusão paira no ar, e na cabeça do Columbófilo, em explicar ou diagnosticar qual das Doenças está instalada nos seus Pombos. Mas para gerir esta confusão de maneira correcta, quando está na presença desta ou outra Doença, deve consultar no imediato o Médico Veterinário, para fazer um diagnóstico correcto e aconselhar qual a terapia que deve seguir e nunca fazer tratamentos desajustados.

Ao ser confrontado com os primeiros sintomas da Doença nunca deve utilizar Antibióticos, mas sim agir no imediato, com Electrolíticos e Vitaminas do Complexo-B e colocar na Ração Levedura de Arroz integral, energético de alta qualidade, e colocando como aderente na Ração o (Óleo de Grainha de Uva) porque este será um bom reconstituinte e não contem um grau de acidez elevado, o que poderia prejudicar ainda mais a Flora Intestinal. Nunca entrar em pânico e fazer esta terapia durante alguns dias, até consultar o seu Médico Veterinário assistente da Colónia, que lhe deve indicar qual a terapia a seguir. Por vezes com diferentes tratamentos medicamentosos feitos sem razão de o ser, a incidência da Circovirose Columbina diminui, mas não fica tratada, esta fica incubada no organismo dos Borrachos, passando estes para a fase de Adultos, ficando também resistentes e sólidos, para os desafios que os esperam, mas estes correm sérios riscos de transmitir o Vírus aos seus descendentes caso estes passem a Reprodutores.

Devem-se tomar certas medidas para evitar a explosão da Doença no Pombal dos Borrachos no pré – desmame, assim como: evitar o Stress, uma super população, não juntar fornadas de Borrachos com tamanhos diferentes, porque senão os mais novos não comem, e entram no risco elevado da Doença, é preciso alimentar os mais novos de uma maneira muito clássica, dando sementes muito Nutritivas, mas muito gulosas para que estes se possam alimentar nas devidas condições, assim como: Arroz sem Casca - Alpista – Comida de Canários – Comida de Periquitos – Sorgo – Cártamo - Linhaça - entre outras sementes miúdas, e só depois a Ração Normal.

Na água de bebida deve-se utilizar obrigatoriamente logo no desmame um Anti- Stress, que bastantes e bons existem no mercado (Biostress - exemplo) e seguir rigorosamente as indicações do fabricante. Nunca ultrapassar a sua aplicação num máximo de 5 dias seguidos.

E na Ração colocar o maravilhoso energético - Levedura de Arroz Integral para que não exista no imediato a Diarreia, a Desidratação Corporal, e a tristeza Mórbida e Revitalizar todo o organismo dos Borrachos e Adultos, sempre que exista uma pequena Diarreia ou um descontrolo Intestinal deve recorrer logo no imediato, á Levedura de Arroz Integral. Não será por acaso, que os nossos antepassados, já utilizavam esta mezinha para curar a Diarreia dos seus Filhos e outros Familiares, dando o arroz a comer depois de cozido, e a água da cozedura a beber. Será que eles eram Parvos, talvez NÃO.

Dose: 1 colher de Sopa por 1 kg de Ração na refeição da Manhã e da Noite, nos dias que forem precisos. Como aderente na Ração deve colocar um bom Óleo extraído a frio (Óleo de Grainha de Uva) grande reconstituinte, ou então, um bom Azeite Extra Virgem, entre os 0,3 e os 0,7 graus de Acidez, excelente, experimente e veja os resultados.       

Nunca deve retirar o GRIT ou (casca de ostra) do Pombal, porque este será importante para a recuperação da Flora Intestinal e Descalcificação do Pombo em caso de existir uma Diarreia, e ajuda na Recalcificação estrutural dos Borrachos, a não ser que o Médico Veterinário o mande retirar, após consulta.

Mais uma vez com este meu artigo penso ter esclarecido e ajudado na evolução dos Columbófilos. Pelo menos os mais Jovens, que são o futuro da Columbofilia Moderna. Para aqueles que já sabem tudo, nada a dizer, apenas respeitar. Ensinando sempre com Honestidade Trabalho Humildade e Respeito pelos Columbófilos, sempre ao vosso dispor, para qualquer informação este sempre Amigo.