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A Doença do Torcicolo 17-10-2010

 

A Doença do Torcicolo

 

No seguimento do meu artigo anterior raro será o columbófilo que não conhece a doença do Torcicolo, que ainda vem no seguimento de uma desidratação orgânica e da perca calórica derivada de uma infecção generalizada ao nível dos órgãos internos acompanhado de uma infecção do sistema nervoso central.

 

Assim sendo, muitas vezes esta doença nada tem a ver com a Paramixovirose ou a Newcastle, mas para uma confirmação exacta e sem dúvidas, só um exame Bacteriológico poderá definir se será positivo ou negativo e, assim, podermos tirar todas as dúvidas.

 

Por vezes a posição da cabeça voltada ao contrário e com tiques fora do normal provêm de uma infecção dos canais semi-circulares do ouvido interno. Estes canais, normalmente lisos e unidos, adquirem uma aparência esponjosa, volumosa e congestionada, que só com a ajuda de uma tecnologia perfeita e adequada se consegue descongestionar toda a secreção espessa e gordurosa existente nestes canais.

 

Por vezes existem algumas dúvidas se esta infecção não possa ser de uma Paratifose, podendo também ser uma infecção da Varíola ou Difteria, o que muitas vezes nos deixa duvidas e, por isso, aconselho vivamente que todos os columbófilos vacinem os seus Pombos, pelo menos os mais jovens que têm menos defesas, com uma vacina adequada a estas duas ultimas doenças, por exemplo a Vacina Diftosec felecular (modo de aplicação: arrancar 4 a 5 penas da coxa da Pata do Pombo e depois pincelar com um cotonete).

 

Existem outros factores de inflamação do sistema nervoso que podem afectar o canal do ouvido interno do Pombo e provocar transtornos ao nível do vértice-cervical, por exemplo um forte ataque de Tricomoniase pode, em certos casos, provocar um forte indicio de Torcicolo isolado que, por vezes, aparece numa ou outra ave.

 

Também pode haver outra porta de entrada que será uma epidemia de piolho ou carraça, parasitas externos que, em grande quantidade, poderão entrar no conduto Auricular da Ave e provocar uma grave infecção causadora desta doença. Por isso, o columbófilo deve, por obrigação, analisar as suas Aves abrindo as asas e verificando se existem piolhos ou carraças refugiado na haste das penas e, se houve confirmação destes, deve-se colocar um produto Parasitário de nome Parasita Bogena (modo de aplicação: 1 gota debaixo de cada asa na parte concava; depois dar banho às aves com água e juntar pó de talco e vinagre na dose de 1 colher de sopa de cada produto para cada 10 litros de agua, e deixar as aves banharem-se à vontade; pode fazer este banho todas as vezes que pretender).

 

No início desta infecção muitas vezes o diagnóstico não é muito definido, porque a Ave fica triste e inquieta, não se movimenta muito, despreza a comida, foge para o canto do Pombal e aí fica durante algum tempo. A pouco e pouco vai ficando com dificuldade no andar e no voar, tendo como manifestação mais correcta da doença o assentar das Asas e corpo no poleiro ou no chão do pombal, que será um mau sintoma e começa por ter comportamentos fora do normal, tiques na cabeça, olho esquerdo inchado, com um olhar distorcido, agravando-se de dia para dia até que fica com o Pescoço num desvio de 50 a 70 graus ou mais. Aí seremos nós, columbófilos, que temos que ajudar a Ave a comer e beber.

 

Por vezes estas posições têm muito a ver com o apetite do animal, porque em certos momentos parece que tudo está certo e que não existe doença, mas esta vai evoluindo conforme a debilidade orgânica. Por algo que temos visto, o columbófilo extermina logo a ave, o que não será muito correcto porque tudo tem cura se detectado a tempo e dependendo se a doença evolui pela Positiva ou Negativa.

 

Teremos que nos habituar a ter um pequeno Pombal (Hospital) para receber estas aves e fazer um tratamento muito na base da reconstituição orgânica.

 

Para a recuperação ser rápida, colocar na água de bebida uma vitamina anti-infecciosa, Vita-Vet-C, na dose de 15 gotas por 1 litro de água. Esta vitamina desempenha um importante factor de síntese do colageno e isso justifica a sua influência no metabolismo do tecido conjuntivo bem como no processo da cicatrização.

 

Na ração colocar Propilenoglicol – liquido + Pecutrin ou Organev – Leveduras Pró e Prébioticas de protecção (anti-inflamatória) e de reconstituição orgânica. O columbófilo pode optar por uma outra Levedura. Dose: 1 colher de sopa de cada produto para 2 kg de Ração.

 

Nesta situação o columbófilo nunca deve fazer – Anti-Bioterapeuticos porque, com o tratamento prescrito, as aves podem recuperar na ordem dos 90% havendo a satisfação do columbófilo por todo o seu esforço e dedicação.

 

Para todos um bem-haja deste amigo

 

Alexandre Maria Pedro