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RELAÇÃO METEOROLOGIA E COLUMBOFILIA 26-01-2010
 

RELAÇÃO METEOROLOGIA E COLUMBOFILIA

 

Coordenação e incidentes ou desastres

 

 

ANTECEDENTES

 

Sempre existiram acidentes e desastres em columbofilia. No tempo do caminho-de-ferro os pombos e columbófilos estavam sujeitos ao tempo que fazia. Não havia hipótese de mudar nem fazer ajustes. Era pombos para o ar. Com o aparecimento dos meios de transporte das associações veio a verificar-se uma melhoria significativa na qualidade dos concursos. Mas é na década de 90, com as novas tecnologias, que se vem generalizar a ausência de desastres constantes. Assistimos durante estes anos a acidentes e ocasionalmente a desastres que não se conhecem as causas. Depois de 2002, com a introdução do apoio meteorológico directo, elaborou-se relatórios e, de uma maneira geral, foram identificadas as causas em 80% dos acidentes e/ou desastres. Estas foram exclusivamente associadas a elementos meteorológicos. Em especial no primeiro fim-de-semana em que se verifica calor, por falta de adaptação ao meio, quer do pombo quer da estrutura columbófila.

 

Elaborou-se estudos do modo como os diversos elementos meteorológicos afectam o voo do pombo-correio, foram publicados, encontram-se expostos na página da FPC e nunca foram colocados em prática. Os últimos desastres enquadram-se nestes estudos e poderiam ter sido evitados se se tivesse aplicado, em devido tempo, esse conhecimento.

 

Foram, ao longo dos anos feitos alertas semanais, bem como nos dias das soltas e, muitas vezes, não foi dada a atenção devida, resultando em acidentes e/ou desastres.

 

Não existe regras de solta de pombo-correio aprovadas em nenhuma Federação de Columbofilia (Steven Van Breemen).

 

  

ABORDAGEM AO PROBLEMA

 

Apesar dos conhecimentos científicos actuais, verifica-se um “divórcio” entre a comunidade científica e a columbófila porque continuam a existir concursos catastróficos e a comunidade científica não consegue dizer se as condições de um determinado dia são ou não favoráveis ao regresso dos pombos a casa. É razoável, ou aceitável, questionarmo-nos sobre as causas deste “divórcio”:

 

1.     Os trabalhos realizados não são do conhecimento dos columbófilos ou da estrutura columbófila: Normalmente são todos em Inglês. Os que existem, na língua materna, são tidos como interessantes e não se aplicam;

2.     Os cientistas estão “longe” ou desconhecem os problemas da columbofilia: porque efectuam experiências laboratoriais, analisando elemento a elemento que nem sempre interagem com o desporto Columbófilo. (...) Os concursos com pombos correio não representam um exercício de orientação, porque, na grande maioria dos concursos, os pombos voam na mesma linha e em “massa” (...) (Hans Wallraff).

3.     Os desastres nem sempre se devem a elementos estudados na orientação, mas sim a factores ou causas naturais diversas: Se a orientação é vital durante os concursos, a desorientação ou desastre pode ser imputável aos columbófilos, em sentido lato, à qualidade dos transportes e às condições climatéricas.

 

 

SITUAÇÃO NA COORDENAÇÃO DAS SOLTAS

 

Não existe formação específica e independente: os actuais coordenadores são homens que dão o seu melhor, fazem parte dos corpos gerentes das associações, mudam quando mudam estes corpos, são inexperientes ou foram formados à custa de muitos acidentes. Urge pois, aproveitar o conhecimento dos que há mais anos andam nesta função e, deste modo, evitar que os coordenadores que surjam no futuro também aprendam à custa de muitos e muitos desastres.

 

Tal como na veterinária que no passado, por falta de apoio específico cada columbófilo teve que aprender a tratar dos seus pombos, a conhecer as doenças e os princípios activos que se aplicam na sua cura, apoiadas logicamente pelos “laboratórios columbófilos” que surgiram em toda a parte do mundo, também existe, como é absolutamente normal, um meteorologista em cada columbófilo. Mas neste caso a situação torna-se necessariamente diferente e com maiores repercursões: enquanto que com medicamentos apenas melhoramos ou prejudicamos os nossos pombos, em meteorologia podem ser afectados milhares de pombos e columbófilos quando se tomam decisões precipitadas ou influenciadas por “grupos ou lobies”.

 

Se conhecêssemos objectivamente as causas das catástrofes, através do conhecimento dos mecanismos pela qual se rege a orientação do pombo-correio, seria fácil dizer: hoje existem ou não existem condições para efectuar provas com pombos-correio. Resta-nos pois compilar dados técnicos em dias de incidentes/acidentes ou catástrofes para que, no futuro, quando houver elementos comuns se possa tirar conclusões que possam minimizar estes acontecimentos e, por outro lado, recolher elementos e experiências que possam, de algum modo, ajudar a comunidade cientifica a resolver um problema que é nosso e que, de alguma maneira, nos colocamos num pedestal aguardando que outros, que nada têm a ver com este desporto, resolvam.

 

Os trabalhos efectuados e publicados enquadram-se neste espirito de compilar dados, experiências e pareceres de diversos intervenientes no desporto columbófilo. Os acidentes, incidentes ou desastres serviram de base aos trabalhos e, de algum modo, vêm dar credibilidade prática a trabalhos científicos realizados nos últimos anos.

 

Urge pois esclarecer, legislar e formar, independentemente da “loucura” da competição de modo a que se proteja o Pombo-correio. Uma legislação responsabiliza e defende simultaneamente quem tem o poder de decisão. Por este facto, seria importante criar uma “escola” de coordenadores e delegados de solta e atribuir um grau de qualificação para o desempenho que se pretende. O ser columbófilo, só por si, não confere competência para se ser coordenador de solta. Nos dias de hoje é necessário, além de se ser columbófilo, saber interpretar os dados meteorológicos e geografia física, entre outras.

 

Embora a actividade de soltar pombos seja sempre uma actividade de risco, é preferível, pecar por excesso do que por defeito. Em situações adversas, e independentemente dos problemas competitivos que cada

 

Associação possa vir a ter, é de bom tom, a bem do pombo e da imagem deste desporto perante a sociedade, cancelar provas sempre que o coordenador ou delegado de solta tiver dúvidas do regresso dos pombos a casa.

 

A rotação a que assistimos dos coordenadores e delegados de solta, nas Associações em nada favorece o desenvolvimento da columbofilia nem a protecção do Pombo-correio. Os últimos acidentes generalizados com “mau tempo” deveram-se à inexperiência na coordenação. Os coordenadores mais experientes ou porventura mais atentos, alteraram os locais de solta, adiaram as provas ou cancelaram-nas: não arriscaram.

 

A missão primária do coordenador é proporcionar as condições possíveis para trazer os pombos de volta e em segurança. Zelar pelas condições de transporte, juntamente com o delegado de solta, analisar as outras soltas e rotas previstas. Coordenar é, acima de tudo, gerir um conjunto de elementos perante determinados factores. É preparar e estudar alternativas perante situações adversas de modo a minimizar o impacto do desastre. Se um coordenador é “chateado” por trazer os pombos de volta, alterar locais ou reduzir provas, com o intuito de defnder, dentro determinados limite, o pombo e estes chegam a casa, ele “cumpriu a missão” e os columbófilos compreenderão, mais tarde ou mais cedo, que a tomada de decisão foi a bem do pombo e da columbofilia. O que nunca se esquece é a perca dos “cracks” ou de colónias inteiras, como se verifica nos desastres. A columbofilia de hoje não se compadece com amadorismos. Não quer isto dizer que todos os problemas serão resolvidos e não haverá mais acidentes. Acidentes sempre houve e continuarão a existir enquanto houver soltas com pombos-correio e enquanto não se souber exactamente como é que o pombo-correio se orienta e o que influência no regresso a casa. Há é que estudar, preparar coordenadores e arranjar soluções para que á priori se tente minimizar ou evitar o que se pode evitar como foram alguns dos anteriores acidentes. Um coordenador tem que ter, forçosamente, uma personalidade muito forte porque: se cancela uma prova tem columbófilos contra, se a reduz, tem columbófilos contra, se altera o local de solta, tem columbófilos contra, se a prova é difícil, tem columbófilos contra, se é rápida, tem columbófilos contra ou seja, em competição existe permanentemente insatisfação. Até há aqueles que numa prova de segundo dia, porque não têm pombos, deitam abaixo o coordenador, mas no outro dia pela manhã recebem quatro ou cinco e marcam bem e lá estão eles a dizer o melhor do coordenador. Esta é a vivência columbófila e ninguém a pode alterar. A alterar que seja o conhecimento e o descernimento nas tomadas de decisão.

 

A criação de um “Centro Coordenador Nacional” ou outro, tal como existe em vários países, coloca o poder decisório em poucas mãos, por ventura mais experientes e mais conhecedoras, transporta as dúvidas e riscos dos delegados e coordenadores de solta para uma hierarquia superior, minimizando o problema a nível local, mas não o resolvendo na sua totalidade. O surgimento deste “Centro” só poderá resultar se se legislar sobre as condições de transporte e soltas de pombos-correio. A credebilidade das decisões passa, forçosamente, pela transparência. Neste sentido, a colocação de imagens do transporte, abeberamentos e soltas “on-line” na Internet vêm dar credibilidade ao “sistema” e tirar de uma vez por todas as dúvidas sobre os delegados de solta e as condições atmosféricas em que os pombos foram soltos.

 

Mas todo o problema só poderá ser resolvido com a compreensão da complexidade que é coordenar uma solta e com a colaboração activa dos columbófilos. Ou seja, com a sua participação na Colectividade, Associação e Federação. Não basta encestar pombos e atribuir responsabilidade aos outros pelos transportes, abeberamentos, locais de solta ou até mesmo desastres. É necessário participar activamente, querer saber o porquê das tomadas de decisão, julgar, se for caso disso, com os mesmos dados que o coordenador tinha na hora da tomada de decisão e não com dados à posteriori, criticar construtivamente e apresentar alternativas. Aceitar o cancelamento de uma determinada prova a favor do pombo e em detrimento da competição. Acreditar que os responsáveis pela deliberação de soltar estão a fazer o melhor que sabem, são columbófilos e os seus pombos também lá estão. Mas para se ter esta forma de acreditar tem que se dar formação e acabar com a rotatividade a que se assiste nos coordenadores. Se não for este o caminho, arriscamo-nos a perder coordenadores e delegados com grande experiência, a perder mais columbófilos resultante da mesquinhez, insatisfação e dúvidas que advém da falta de participação, organização e compreensão das tomadas de decisão, ou, porventura, de interesses destabilizadores do foro hierárquico ou comercial. Só existem dúvidas quando se desconhece ou se conhece parcialmente a matéria sobre a qual se fala. Urge pois mostrar aos columbófilos o que se faz, como se faz e porque é que se faz. Em suma: dar a conhecer, esclarecer e clarificar.

 

Qualquer pessoa esclarecida, não tem dúvidas, acredita no “sistema” e tende a participar nele, formando um grupo coeso em que a defesa dos interesses, quaisquer que eles sejam, cai perante o Pombo-correio.

 

Coordenação: diz respeito à liderança da organização de um sistema qualquer.

Coordenador: aquele que coordena.

Coordenar: dispor em certa ordem ou segundo certas normas ou métodos; organizar.

 

A ordem de solta de Pombos-correio, não é por si só uma ordem em sentido restrito. Ela reveste-se de conhecimento genérico e específico de deteminadas ciências. Na falta de conhecimento científico, a experiência tem dados bons resultados, não invalidando o estudo e preparação da solta, como simples acto da coordenação. Os mais dedicados são os que mais se aproximam da perfeição. Se tiverem um acidente por certo qualquer outro o teria. Apesar do conhecimento científico actual a orientação do pombo ainda é um mistério e há elementos que escapam a qualquer coordenador por melhor que ele seja.

 

O coordenador, na sua função, deve estar atento às previsões atmoféricas, às condições de transporte alimentação e abeberamento, estudar alternativas perante situações adversas. Ter conhecimento da orografia da rota de regresso dos pombos e do local de solta. Estudar as outras soltas e rotas. Dialogar com os outros coordenadores. Trata-se de um trabalho de equipa e acima de tudo, de preparar a táctica semanal de modo a cumprir a missão: facilitar o regresso dos pombos a casa em “segurança”, ou pelo menos consciente de que se fez tudo para que isso acontecesse.

 

O coordenador deve ser ouvido no planeamento dos calendários. A marcação de locais de solta com o “bico do lápis” e o espírito competitivo gera, por vezes, grandes dificuldades que são conhecidas pelos acidentes que têm produzido ao longo dos anos. Estes problemas habituais podem ser minimizadas quando o coordenador liga o conhecimento adquirido nas campanhas anteriores e o conhecimento científico com as necessidades do presente, facilitando, deste modo, o regresso dos pombos a casa. O pombo foi criado para competir dentro das suas possibilidades fisícas e psicológicas e não para ser exposto a condições extremas. Para essas, “existem” provas específicas.

 

Todo este trabalho preparativo culmina com a ordem de solta. Dado irreversível depois do qual só se pode aguardar pelo resultado.

 

O coordenador não deve estar à mercê de uma determinada politica administrativa ou desportiva mas sim levar a cabo, dentro de determinados limites, essas políticas.

 

Ser coordenador de solta é, ser a “peça” fundamental da engrenagem columbófila. “Peça” esta que é sujeita a grande desgaste físico e acima de tudo psicológico. Uma peça fundamental em qualquer equipamento é preservada, apoiada e mantida em melhores condições que as restantes. No que concerne especificamente à columbofilia esta “peça” não pode mudar quando muda uma direcção, trocando o conhecimento e a experiência pelo desconhecido. A defesa do pombo e dos columbófilos deve falar mais alto que os interesses e politicas do homem.

 

Urge pois legislar sobre as soltas de pombos-correio, responsabilizando e defendendo simultaneamente o poder de decisão.

 

A ideia de formação de coordenadores e delegados de solta conforme a FPC tem efectuado tem sido uma mais valia, que algumas associações têm desperdiçado com as trocas constantes de coordenadores e delegados de solta. A justificar esta ideia temos a prova de que os coordenadores com menos acidentes, nos últimos anos, têm sido aqueles que há mais tempo coordenam soltas. Ninguém, pelo facto de ter vontade ou ser nomeado, só por si, tem capacidade de coordenar uma solta. Como diz o velho ditado: o hábito faz o monge. Alguns dos acidentes nos últimos anos, aconteceram com coordenadores inexperientes ou quando a ordem de solta foi dada ou influenciada por um elemento da direcção da associação que nunca o tinha feito, interferindo no “sistema” ou, por ligeireza de análise. A falta de experiência e de preparação é quase sempre “tiro e queda”. Mesmo os coordenadores de reconhecido mérito na actualidade, tiveram, no passado, grandes desastres (13 de Junho de 1981, Abril de 1984, Abril 1984). A experiência actual destes coordenadores é fundamentada num conhecimento de experiência feito que dão bons resultados nos dias de hoje. No entanto, aquilo que se pretende é evitar que se aprenda à custa dos acidentes e/ou desastres como eles aprenderam. A columbofilia e os columbófilos de hoje assim o exigem. Com base no conhecimento actual da ciência e da experiência destes coordenadores urge pois, formar e credenciar columbófilos para que possam ser futuros coordenadores de soltas de pombos-correio, criando um esquema de formação contínua, para os actuais e para os futuros coordenadores.

 

O conhecimento não pode ser guardado por um qualquer coordenador de modo a retirar dividendos dele, colocando o seu distrito acima de outro ou mesmo para “melhorar” a sua posição ou visibilidade relativa a nível distrital e/ou Nacional. A columbofilia deve ser vista como um todo e não como uma “guerra” entre distritos. A formação humana e o amor pela columbofilia “obriga” a que se transmita esse conhecimento e que se trabalhe com espírito de grupo a bem dos pombos-correio, do interesse da columbofilia e dos columbófilos.

 

 

TRANSPORTE, VENTILAÇÃO, ABEBERAMENTO E ALIMENTAÇÃO

 

TRANSPORTE: Os transportadores que efectuarem viagens de longo curso devem utilizar um sistema de navegação (GPS posicional). Os registos obtidos por este sistema de navegação devem ficar guardados durante, pelo menos, 3 anos e, se necessário, faculta-los à autoridade competente quando solicitado. (Regulamento (CE) n.º 1/2005 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2004).

 

As galeras devem ser lavadas e desinfectadas antes de qualquer utilização.

 

CAIXAS: As caixas devem ter chão em papelão ou rede plástica. Devem ser limpas e desinfectadas antes de qualquer utilização.

 

VENTILAÇÃO: Os meios de transporte rodoviário devem ser equipados com sistemas de ventilação e controlo da temperatura:

Os sistemas de ventilação devem:

Ser concebidos, construídos e mantidos de forma a, em qualquer momento da viagem e com o meio de transporte em movimento ou estacionado, manter uma gama de temperatura de 5º a 30ºC dentro do meio de transporte, para todos os animais, com uma tolerância de +/- 5ºc, consoante a temperatura exterior;

Assegurar a distribuição uniforme constante com o fluxo de ar mínimo de capacidade nominal de 60m³/h/KN de carga útil;

Poder funcionar independentemente do motor do veículo durante, pelo menos 4 horas;

A regulação da temperatura (ventilação mecânica, registo da temperatura, sistema de alerta na cabina do condutor), e a possibilidade permanente de abeberamento devem estar ao dispor do condutor ou delegado de solta quando existir. (Regulamento (CE) n.º 1/2005 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2004).

Nas galeras actuais deve ser retirada a primeira e última caixa de cada fiada sempre que a temperatura máxima seja acima de 30ºC.

 

 

ABEBEBERAMENTO: Os transportes devem estar equipados com um sistema de fornecimento de água que permita ao tratador fornecer água instantaneamente sempre que necessário durante a viagem; Os aparelhos de abeberamento devem ser bem concebidos, estar em boas condições de funcionamento e posicionados de acordo com as necessidades dos pombos; Os bebedouros devem ser concebidos de modo a poderem ser drenados, limpos e desinfectados após cada viagem e possuírem um sistema de verificação do nível da água; Os depósitos devem estar ligados a aparelhos de abeberamento e mantidos em boas condições de funcionamento e de higiene. (Regulamento (CE) n.º 1/2005 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2004).

 

Tempos de abeberamento:        Menos de 20ºC: 12 horas de tempo máximo;

                                                           Entre 21 a 25ºC: 10 horas de tempo máximo

            Entre 26ºC a 30ºC 8h de tempo máximo;

Entre 31ºC a 35ºC 6h de tempo máximo;

Acima de 35ºC. 4h de tempo máximo;

Sempre que a temperatura máxima prevista seja de 30ºC ou mais deve haver água à descrição antes da largada.

ALIMENTAÇÃO: Nas provas de Fundo e Grande Fundo, os pombos devem ser alimentados pelo menos uma vez por dia, de preferência à tarde, só sendo permitido alimentar dentro das caixas, quando aí existirem comedouros.

 

 

Sempre que a temperatura máxima prevista quer pelo IM de Portugal ou INM de Espanha, seja de 30ºC ou mais no percurso do transporte deve-se observar as seguintes quantidades de pombos por caixa:

Grande Fundo: 15 Pombos;        Fundo: 20 Pombos;          

Meio Fundo:            30 Pombos               Velocidade: 35 Pombos

 

 

 

 

REGRAS PARA A SOLTA DE POMBOS-CORREIO

 

Os delegados de solta devem fazer-se acompanhar, além de GPS (posicional) e Termómetro, de máquina de filmar e/ou fotográfica.

 

Todas as soltas devem ter registo de imagem, sendo este entregue com o relatório do delegado de solta.

 

Propõe-se a marcação de uma data para que todas as viaturas de transporte tenham câmaras ligadas à Internet com hipótese de visualização on-line do interior e exterior.

 

(Estado do Tempo no local - Meteorologia)

 

  1. Ausência de precipitação e trovoada no local e área envolvente;
  2. Visibilidade horizontal superior a 7 Km;
  3. As montanhas imediatamente a seguir ao local não devem estar tapadas.
  4. Temperatura mínima (temperatura ao nascer do Sol) inferior a 23ºC;
  5. Vento inferior a 60Km/h;
  6. Ausência de inversão térmica significativa.

 

(Campo magnético)

 

  1. Ausência de sismo, significativo, nas últimas 12h;
  2. Os pombos, dentro das caixas, não estão deitados e/ou em silêncio.

 

 

 

 

Proposta  de aplicação de Semáforo

Atribuição de cores correspondentes ao grau de dificuldade prevista para a prova, por parte de uma equipa de coordenadores, cuja experiência e/ou formação seja reconhecida.

 

Caso haja “carros” no local de solta, a actualização das cores deve ter em conta a observação em rota dos diversos elementos meteorológicos, bem como a análise de imagens de satélite e radar, antes da solta.

 

Cores a atribuir: Preto, Vermelho, Amarelo e Verde.

 

Preto: Não há condições para efectuar a solta. Há um elemento que só por si é impeditivo da realização do voo. Esta deve ser adiada/atrasada ou alterado o local de solta previsto.

 

Vermelho: Os elementos analisados individualmente parecem relevantes e a interacção entre eles é nefasta para o voo.  O conhecimento da rota, do local de solta e a comparação com situações anteriores é de extrema importância. Os pombos bem preparados superam a prova com dificuldade.

Amarelo: As circunstâncias descritas individualmente não parecem relevantes e a interacção entre elas poderá complicar o voo. Aguarda-se uma prova com algum grau de dificuldade em que todos os elementos devem ser controlados. Os pombos bem preparados superam a prova com normalidade.

Verde: As condições meteorológicas não apresentam dificuldade em termos de mecânica do voo. A aplicação da situação verde não invalida a existência de fenómenos localizados, tais como neblina ou nevoeiro. Devendo-se, nesta situação, aguardar pela melhoria da visibilidade.

Alguns exemplos da aplicação das cores

 

PRETO.

1.      Vento de “bico” igual ou superior a 60 km/h;

2.      Vento de bico igual ou superior a 50 km/h com rajadas;

3.      Temperatura máxima prevista de 38ºC ou mais;

4.      Temperatura mínima prevista de 23ºC ou mais;

5.      Onda de calor;

6.      Chuva em metade ou mais da prova, com vento com componente contra;

7.      Aguaceiros fortes e/ou chuva moderada a forte no primeiro terço da prova;

8.      Células de nuvens de desenvolvimento vertical (trovoadas) na linha de voo, cuja área seja difícil de contornar;

9.      Trovoadas na área envolvente ao local de solta;

10. Neve na área do local de solta;

11. Variação do campo magnético da Terra (sismos ou tempestades solares);

12.  Pombos silenciosos e/ou deitados.

Estimativas de pombos chegados no primeiro dia com os exemplos apresentados: Fundo 0 a 10% - Meio Fundo 10 a 20% Velocidade 20 a 30%

 
VERMELHO

1.      Chuva em menos de um terço da prova e vento com componente contra (bico), inferior a 40Km/H;

2.      Aguaceiros e vento com componente contra (bico) inferior a 40Km/H;

3.      Chuva em metade da prova, com vento com componente favorável;

4.      Vento de “bico” superior a 50 km/h e inferior a 60 km/h;

5.      Vento de “bico” superior a 40 km/h e inferior a 50 km/h com rajadas;

6.      Vento cruzado de “rabo” superior a 70 km/h;

7.      Chuva fraca ou chuvisco num terço ou mais do percurso sem vento favorável;

8.      Temperatura máxima entre 35ºC e 38ºC sem vento favorável;

9.      Temperatura mínima entre 20 e 22ºC sem vento favorável;

Estimativas de pombos chegados no primeiro dia com os exemplos apresentados: Fundo 10 a 25% - Meio Fundo 25 a 40% Velocidade 40 a 60%

 

 AMARELO

1.      Vento de “bico” entre 30 e 40 km/h;

2.      Vento de “bico” inferior a 25/30 km/h com chuva à chegada;

3.      Áreas no percurso co aguaceiros;

4.      Temperatura máxima em rota entre 30 e 34ºC sem vento favorável;

5.      Mínima no local de solta entre 17 e 19ºC se vento favorável;

6.      Temperatura durante a prova inferior a 8ºC e vento com componente contra “bico”;

7.      Chuva fraca num terço ou menos da prova com vento com componente favorável “rabo”;

Estimativas de pombos chegados no primeiro dia com os exemplos apresentados: Fundo 50 a 70% - Meio Fundo  65 a 85% Velocidade 80 a 90%.

 

 

 VERDE

1.      Vento de “rabo” inferior a 60 km/h e sem precipitação;

2.      Vento de “bico” inferior a 30Km/h;

3.      Visibilidade superior a 10 km;

4.      Temperatura máxima inferior a 30ºC;

5.      Céu muito nublado no percurso, boa visibilidade e sem precipitação.

6.      Céu com períodos de muito nublado em rota, boa visibilidade e aguaceiros fracos.

Estimativas de pombos chegados no primeiro dia com os exemplos apresentados: Fundo 80 a 95% - Meio Fundo  90 a 100% Velocidade 95 a 100%

 

 


Todas estas situações, bem como situações omissas devem ser previamente analisadas e ratificadas, pela “comissão desportiva” e expostas na página da FPC em tempo útil. Por se tratar de previsões meteorológicas, deverá funcionar como aconselhamento às associações. A ordem de solta será sempre da responsabilidade do coordenador de cada associação. No entanto, este deverá avisar sempre o “Gabinete de Apoio às Soltas” com antecedência mínima de 30 minutos, que deu ordem para soltar.

 

Em casos extremos, situações correspondentes à cor Preta, deverá o “Gabinete de Apoio às Soltas” proibir a referida solta, defendendo nestas situações o Pombo-correio. Esta proibição só poderá ser efectuada, quando analisados os elementos meteorológicos pelo menos uma hora antes da hora prevista para a solta. Esta decisão deverá ser publicada na página da FPC.

 

Uma legislação deste tipo responsabiliza e defende simultaneamente quem tem o poder de decisão. Por este facto, seria importante criar uma escola de coordenadores e delegados de solta e atribuir um grau de qualificação para o desempenho que se pretende. Assim, nos treinos ou provas efectuadas pelos Clubes seria - Nível 4, nas provas organizadas pelas Associações até 300 km  - Nível 3, nas provas organizadas pelas Associações até 500 km - Nível 2 e nas provas superiores a 500 km ou organizadas pela Federação - Nível 1.