CONTINUAM POR ESSE MUNDO FORA IMENSAS FINAIS DE DERBYS DE POMBOS e pelos dados que vamos anotando em todos eles as perdas de pombos são muito significativas, direi mesmo muito superiores às registadas em Portugal, onde uma minoria vai criticando esta ou aquela realização esquecendo-se que todos somos livres de participar onde queremos e desejamos. Poder-se-á questionar se pombos com tão pouca idade se permitem fazer provas de tão grande esforço físico, mas a verdade é que muitos dos que participam nessas provas chegam à prova final e obtêm excelentes resultados. Alguns dizem que foi a sorte, sobretudo quando os vencedores não são praticantes com nomes sonantes, mas a verdade é que a distância(normalmente entre 400 a 500 km) teve de ser percorrida e esses heróis quiseram e desejaram chegar à sua casa. Em consciência tenho de reconhecer a grande capacidade desses atletas e dar os parabéns justos e merecidos aos seus criadores. Os que se perdem ou vão ter a outros pombais, são os mesmos que nos nossos pombais desaparecem ao longo de uma campanha desportiva e em que 20% dos resistentes já seria um número satisfatório em termos de qualidade.

No Algarve onde infelizmente não consegui estar presente, voava na final do GREAT DERBY um pombo do meu pombal e está claro que até 200/300 km, até pode competir, a partir daí não tem qualidade para a competição e daí a sua inevitável perda ou entrada indevida em qualquer pombal naturalmente por cansaço. Foi um experiência apesar de tudo interessante pois levou-me a concluir que para voar nesses derys tenho de ter muito, mas muito melhor para distâncias de 500 km mesmo com ventos favoráveis!!! Só que e quando vejo os preços a que chegam esses potenciais bons voadores(futuros reprodutores), esbarro-me numa gritante incapacidade financeira para manter esse sonho de os ter no meu pombal.

Assim lá vou licitando um ou outro que por não ter "pedigree ou ser Português" se consegue por um valor bem mais baixo(50/75€), de acordo com a minha carteira. Acima disso não posso e assim fica para outra oportunidade, já que a vida não é só pombos. Valho-me ainda da boa vontade de alguns amigos que me dispensam o que têm de melhor para os cruzar com os meus ou cedem a preços que justificam o investimento pela sua qualidade comprovada. Então porque participo? Participo porque não obstante os baixos custos dos meus reprodutores, eles ainda me dão algumas garantias como o provam alguns bons resultados em derbys e pombais comunitários ganhos ou com boas classificações. Participo ainda porque acho que voando pricipalmente em pombais comunitários tenho oportunidade de testar os casais que vou formando por um custo mais baixo. Participo ainda porque gosto e isso é o mais importante.

Neste caso é evidente que não procuro só chegar ao prémio que não é significativo, mas sim na busca da qualidade que é a parte mais interessante e também porque não dizê-lo ser um ponto de reencontro com grandes e bons amigos. E depois com estes novos e dinâmicos meios de constatação até nos damos ao luxo de ver chegar os nossos pombos a esses pombais e acompanhar a sua performance. Para quem vive em zonas como a minha onde apenas é possível competir numa Coletividade do Distrito do Porto, nada melhor que fazer voar os nossos pombos em outras Associações como Viana do Castelo e Coimbra por exemplo. Já o fizemos e gostamos também de Santarém e Algarve, mas agora com Moledo em grande, o desafio é maior porque o grau de exigência também é maior.

Vamos assim participar com 2 equipas em Moledo e uma equipa em Arazede e aqui o prazer é enorme porque estamos a competir com muitos concorrentes conceituados, com o mesmo número de pombos e com todos a voar para o mesmo pombal. Se for possível mandar ainda a Riachos não o deixarei de fazer porque é um local onde me dá prazer competir e participar na festa final. O problema como sempre é o transporte em tempo próprio. De lado e em princípio ficará o IAPC, porque não tenho efetivamente pombos para este campeonato onde a velocidade dos pombos não se coaduna às caratristicas dos meus voadores como já testei, ainda que em forma de brincadeira com os meus bons amigos do IAPC, com os quais gostaria de competir e ganhar com base na fórmula "tens melhor, prova-o".

Em expectativa a caminhada para uma aventura sonhada pelos Transmontanos com um campeonato de Leste, a certeza de um pombal coletivo de enorme qualidade e onde o Município deseja colaborar, mas onde a falta de boas vontades para ser dirigente/colaborador é cada vez mais patente. É o preço da interioridade onde não existem alternativas como acontece nas zonas do litoral tantas as Coletividades disponíveis. Esperemos para o bem da columbofilia local, que o bom senso prevaleça e surjam novas ideias e pessoas que desejem continuar a história desta Coletividade com mais de 68 anos de vida.

NOTA: Esta e outras crónicas que o autor desenvolve são meras opiniões de um pequeno amador que não tem outro fim que não a partilha de ideias, pensamentos e a atualidade de uma zona geográfica de pouca visibilidade. Se for útil para alguém já vale o esforço. Hjc