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GRUPO COLUMBÓFILO AZAMBUJENSE 06/09/2009

GRUPO COLUMBÓFILO AZAMBUJENSE

O vício de ver o sol nascer todos os dias no pombal

A columbófilia é uma modalidade com tradição e muitos adeptos no concelho de Azambuja. Há quem veja o nascer do sol ao lado dos pombos correio e instale estes atletas de alta competição em autênticos pombais de luxo.

Todos os dias, durante os primeiros seis meses do ano, “época de campanha”, o empresário Luís Paulo, 33 anos, vê nascer o sol no pombal que fica junto à sua casa em Aveiras de Cima, Azambuja. Não porque tenha que abrir a porta de loja de rações para animais, onde trabalha, às seis da manhã, mas porque tem 200 pombos para tratar e treinar antes de começar um dia de trabalho.

A columbofilia é já uma paixão incontornável para o campeão, pai de dois filhos. A actividade é uma modalidade com tradição no concelho de Azambuja, onde no domingo (06/09/2009), na Poisada do Campino, os grupos columbófilos de Azambuja, Aveiras de Cima e Vila Nova da Rainha conviveram e entregaram prémios do campeonato concelhio e das freguesias.

Com muita ginástica e a ajuda preciosa do pai Luís Paulo consegue ter tempo para tudo. “O dia tem 24 horas. Se dormirmos cinco ou seis sobram-nos oito horas para trabalhar e ainda ficamos com tempo para a família e para os pombos”, estima quem começou na competição em 1991 e desde aí sempre foi ganhando qualquer coisa. “Só com dedicação, mas também muita sorte à mistura, conseguimos chegar a algum lado”.

Luís Paulo

Na outra extremidade do concelho, em Vila Nova da Rainha, à beira da linha de caminho de ferro, Gustavo Bruno, 30 anos, acolhe igualmente 200 exemplares. Os seus atletas de alta competição são mantidos numa autêntica habitação de luxo para aves concebida com a ajuda do pai e a colaboração do avô. A equipa dos “Asas Negras” começou por criar uma estrutura metálica com três divisórias interiores. Nove metros de comprimento por três de largura. O interior é revestido com chapa isotérmica para afastar o calor e o frio. No exterior madeira envernizada e telha rústica. Nem faltam os estores. “A ideia é arranjar o melhor habitat para os pombos”, diz com orgulho Gustavo Bruno, preparador de trabalho na Metalorainha.

Paulo Nuno Domingos, 39 anos, técnico de manutenção aeronáutica, em Alverca, ainda pensou instalar o pombal junto à sua casa, mas desistiu da ideia quando percebeu que os seus 180 pombos poderiam distrair-se com as aves que sobrevoam constantemente a zona da igreja da Azambuja, onde reside.

O treino dos seus atletas de alta competição é feito por isso a 200 metros de casa. De manhã treina o pai, que Paulo Nuno Domingos conseguiu trazer de volta à competição. À tarde o filho. Mesmo em época de férias, na Nazaré, Paulo Nuno Domingos não deixava os seus pombos mais de três dias sozinhos. “Só não aconteceu este ano porque fomos para o Algarve”, diz com humor.

O pai que tem tempos foi columbófilo deixou intacto o pombal. “Fui aprofundando o gosto pelas aves. Mais tarde apanhei o gosto da competição”, justifica-se quem participa em provas há 15 anos.

Paulo Nuno Domingos

A forma de comunicar com os pombos vem da lide diária. Os animais conhecem quem os treina. “E pela posição em que estão no poleiro conseguimos detectar se eles estão em forma”, revela o tesoureiro do Grupo Columbófilo Azambujense. Os pombos-correio são treinados e alimentados de acordo com as provas a realizar. “Se forem provas mais difíceis temos que os alimentar mais. Se forem mais fáceis menos comida para que consigam atingir velocidades maiores”.

Há quem dispense fazer as contas ao que gasta, mas também não é a despesa (cerca de 50 euros mensais por 50 pombos) que faz desistir da paixão. O fascínio começa com a curiosidade e à medida que se vai conhecendo a capacidade de orientação dos pombos o interesse aumenta. “É uma doença”, admitem os columbófilos.

O tempo da radiotelevisão na sede do Grupo Columbófilo Azambujense

Numa época em que os aparelhos de televisão se contavam pelos dedos era na sede do Grupo Columbófilo Azambujense, no espaço onde existe hoje o Atrium Azambuja, que os rapazes da terra se entretinham com o movimento do pequeno ecrã.

José António Isidro, 52 anos, electricista de profissão, tem memórias das conversas dos columbófilos que privavam como pai, sócio número três do grupo. Hoje o presidente da direcção do histórico Grupo Columbófilo Azambujense - que assinala em 2009 o 74º aniversário e que conta com 70 sócios efectivos - está afastado da competição por falta de tempo, já que trabalha por turnos, mas a paixão mantém-se.

O presidente do Grupo Columbófilo de Vila Nova da Rainha, Carlos Teixeira, que é também presidente da Associação de Columbófilos do Distrito de Lisboa, lamenta que hoje a columbofilia, modalidade com grande expressão na freguesia onde reside, não tenha tantos jovens envolvidos. O consultor, de 55 anos, considera que as entidades competentes deveriam criar “apetências” para outras modalidades, como a columbofilia. “Se os jovens têm a possibilidade de ir à discoteca porque razão irão limpar um pombal?”, exemplifica.

Delegados da Associação Columbófila do Distrito de Lisboa (Carlos Teixeira no uso da palavra)

Apoio da Junta de Freguesia de Azambuja

Apoio da Câmara Municipal de Azambuja

Bolo do 74º Aniversário do GC Azambujense

Cantando os parabéns por ocasião do 74º Aniversário do GC Azambujense

Entrega de Prémios 2009 GC Azambujense

Carlos Teixeira (Presidente ACD Lisboa) entregando um prémio a Arlindo Oliveira

António Joaquim Ramos (Presidente CM Azambuja) entregou a Faixa de Campeão de Velocidade do Campeonato Concelhio de Azambuja

Arlindo Oliveira, Campeão 2009 do GC Azambujense, com directores da colectividade

Entrega de Prémios Campanha Desportiva 2009

 

Corpos Gerentes GC Azambujense

Assembleia Geral
Presidente José Jerónimo Leal
Vice-Presidente José Manuel Carneiro Martins
Secretário António Pinheiro Mota

Direcção
Presidente José António Anselmo Isidro
Secretário Tomás António Santos Cartaxo
Tesoureiro Paulo Nuno Pimentel Domingos

Conselho Técnico
Coordenador José Jaime dos Santos Ferreira Seco
Secretário Eduardo Manuel Nunes de Campos
Vogal José Lourenço Abreu

Conselho Fiscal
Presidente José Jaime dos Santos Ferreira Seco
Secretário Eduardo Manuel Nunes de Campos
Relator José Lourenço Abreu
 
 
A colónia "ASAS DA TORRE" associada ao Grupo Columbófilo Azambujense, conquistou o título de VICE-CAMPEÃ NACIONAL na CLASSE SPORT - CATEGORIA ABSOLUTA - através da fêmea nº 5677193/05, na XXXVI Exposição Nacional e Pré-Olímpica de Columbófilia, realizada em Alferrarede - Abrantes (08 a 11 de Janeiro 2009)
 

5677193/05 - 2º Class. Sport Absoluta (Asas da Torre - Lisboa) - XXXVI Exposição Nacional e Pré-Olímpica (Alferrarede/Abrantes 2009) 

 Grupo Columbófilo Azambujense em festa

Vítor e Zés foram campeões em 2002

 

No ano em que comemora o 67.º aniversário, o Grupo Columbófilo Azambujense realizou no dia 8 de Setembro 2002, a sua festa anual e distribuição dos prémios da campanha finda. A cerimónia teve lugar no restaurante dos Casais do Baixo, onde foi servido um bem confeccionado almoço aos sócios, familiares e convidados.

Representantes das ‘forças vivas’ da Azambuja, da Federação Portuguesa de Columbofilia e da Associação Columbófila do Distrito de Lisboa estiveram presentes, sendo de destacar, entre outros, Marco Leal, Luís Benavente, João Benavente, Pedro Cardoso, Sargento Martins, Nuno Andrade e José Luís Quintans.

Na abertura da cerimónia de comemoração do aniversário da colectividade, o presidente da Direcção, César Fernandes, agradeceu a presença dos sócios, familiares, entidades e amigos.

De seguida, Luís Benavente (representante da Junta de Freguesia) dirigiu-se a todos os presentes expressando o seu agradecimento e prometeu aos columbófilos da Azambuja que estará para breve a cedência de terreno para a Aldeia Columbófila e o possível auxílio da Junta na construção dos pombais.

Nuno Andrade, director da FPC, prestou homenagem ao Grupo Columbófilo Azambujense pelo seu aniversário e na presença do presidente da Direcção, César Fernandes, fez a entrega da medalha dourada da Federação Portuguesa de Columbofilia a Luís Benavente por ser neto do saudoso João do Sal, fundador da colectividade.

O presidente da ACDL, José Luís Quintans, também homenageou o Grupo Columbófilo Azambujense pelos 67 anos com a entrega de uma placa para comemorar o acto.

Num dia de homenagens, o sócio Casimiro Vides, presidente do Conselho Técnico, recebeu das mãos de César Fernandes uma placa do GCA como reconhecimento da sua dedicação e dos bons serviços prestados à colectividade durante vários anos.

Depois dos discursos, foi realizada a entrega dos prémios da campanha desportiva de 2002, com mais uma vitória da equipa ‘Vítor e Zés’. Nos restantes lugares do pódio ficaram os ‘Asas da Torre’ e ‘os 115’.