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O silêncio das Sereias 16-02-2010
Eu não sou investigador, mas bastava ver alguns textos anteriores "supostamente " escritos por determinada pessoa, para perceber que não tinha sido o autor dos mesmos, mas sim uma encomenda. Ao Sócrates chamam de polvo a ti nem sei o que te dizer.
Esse tipo de comportamento e de jogadas que eu gostava que acaba-se na nossa columbofilia.
Normalmente usam os mais fracos de cérebro para estas jogadas. É muito triste.

Quando os argumentos escasseiam recorrem a calúnia e a maledicência.

Devido a um novo desafio profissional que se iniciou nos finais de Janeiro, estou mais afastado dos pombos. Sabe Deus o esforço que estou a fazer para continuar com os pombos. Por isso revolta-me quando venho ao columbofilia.net e vejo este tipo de ataques e de tomadas de posição de determinadas pessoas.

Não é este tipo de columbofilia que eu pretendo para o meu Portugal columbófilo.

Força Rui Emídio “ Pela Pátria lutar… contra os canhões marchar, marchar!” que o nosso hino te sirva de inspiração nesta luta columbófila que travas contra o Adamastor e as suas sereias encantadas.

Adamastor é um mítico gigante baseado na mitologia greco-romana, referido por Luís de Camões n'Os Lusíadas. Representa as forças da natureza contra Vasco da Gama sob a forma de uma tempestade, ameaçando a ruína daquele que tentasse dobrar o Cabo da Boa Esperança e penetrasse no Oceano Índico, os alegados domínios de Adamastor.

É o nome atribuído a um dos gigantes, filhos de Terra, que se rebelaram contra Zeus. Fulminados por este, ficaram dispersos e reduzidos a promontórios, ilhas e fraguedos. O seu nome surge, certamente, pela primeira vez com Sidónio Apolinário.
Foi popularizado ao ser usado com verdadeira mestria pelo poeta português Luís de Camões, no Canto V da epopeia portuguesa Os Lusíadas, como o gigante do Cabo das Tormentas, que afundava as naus, e cuja figura se desfazia em lágrimas, que eram as águas salgadas que banhavam a confluência dos oceanos Atlântico e Índico. O episódio do Adamastor representa, assim, em figuração grandiosa e comovida, a sua oposição à audácia dos navegadores portugueses e a predição da história trágico-marítima que se lhe seguiria.

O Adamastor tem não só o papel de reforçar o positivismo da viagem, assim como o Velho do Restelo. Também dá ênfase ao «mais que humano feito» (feito sobrehumano) referido na proposição. Realçando a coragem do Herói, individual ou colectivo, que enfrenta, apesar do medo, desafios superiores do poder do Homem, porque renega a sua emoção seguindo a ordem de el-rei.
Na continuação do episódio, o narrador mostra-nos como este gigante tem uma fraqueza, um amor impossível, mostrando que até o mais poderoso ser padece dessa doença benigna que é o amor.

Bocage escreveu um belo soneto relativo ás profecias do Adamastor:

Adamastor cruel!... De teus furores
Quantas vezes me lembro horrorizado!
Ó monstro! Quantas vezes tens tragado
Do soberbo Oriente dos domadores!
Parece-me que entregue a vis traidores
Estou vendo Sepúlveda afamado,
Com a esposa, e com os filhinhos abraçado
Qual Mavorte com Vênus e os Amores.
Parece-me que vejo o triste esposo,
Perdida a tenra prole e a bela dama,
Às garras dos leões correr furioso.
Bem te vingaste em nós do afouto Gama!
Pelos nossos desastres és famoso:
Maldito Adamastor! Maldita fama!

Sereia (do grego — Σειρῆνας) é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe (ou pássaro/pombo, segundo vários escritores e poetas antigos). É provável que o mito tenha tido origem em relatos da existência de animais com características próximas daquela que, mais tarde foram classificados como sirénios.

Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore. Não confundir com Hárpias. Habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem. Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.

Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa ilha isolada. Se assemelham às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e uma beleza única.
Algumas das sereias citadas na literatura clássica são:

Pisinoe (Controladora de Mentes),
Thelxiepia (Cantora que Enfeitiça),
Ligeia (Doce Sonoridade),
Aglaope,
Leucosia,
Parténope.

Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.

Em 1917, Franz Kafka escreveu o seguinte no conto O silêncio das sereias:

As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.