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O Paradigma da comunicação de pombos 25-05-2016

Paradigma é um modelo ou padrão a seguir.

Etimologicamente, este termo tem origem no grego paradeigma que significa modelo ou padrão, correspondendo a algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação.

Nos dias de hoje com as novas tecnologias não consigo perceber o “não” problema da comunicação e recuperação de pombos.

Infelizmente como em tudo na vida, existem pessoas serias e menos serias na columbofilia.

Hoje em dia são diversos os casos de pombos comunicados e recuperados via facebook.

Ou seja surgiu um novo fenómeno, que consiste:

- Pombo perdeu-se e entrou num pombal

- O Columbófilo ele próprio ou através de um familiar ou amigo, diz: vê lá na Net de quem é este pombo?

                - Vai ao Google e zás aparece o pombo.

              - Não aparece nada

- Existe aqui duas situações:

                - Fica com o pombo.

                - Comunica o pombo no facebook para alguém que conheça o dono o tente recuperar

                - Comunica o pombo a F.P.C para tentar ter os dados do columbófilo para o contactar   

                com vista a recuperação do pombo. Começa aqui um processo burocrático de pelo  

                menos 8 a 10 dias úteis.

Numa sociedade tecnologicamente evoluída isto não pode acontecer. Não me estou a referir a lentidão dos serviços da F.P.C , nem aos entraves temporais da chegada do postal, etc…nem aquela ideia brilhante do responsável da colectividade pelos pombos perdidos, essa então passou tudo e todos…

Falo sim da solução rápida e eficaz de recuperar um pombo:

Na página de perdidos e achados da federação existe um quadro onde se coloca o número do pombo e automaticamente aparece um número de telefone sem identificação do proprietário.

Ou seja, Numero do pombo, origina a criação de um número de telefone, associado aquele recenseamento.

No caso de não existir, telefone, então abria um formulário e dava início ao processo postal.

Gente séria, que eu acredito que ainda são mais de 90 % dos columbófilos, comunicava os pombos no próprio dia, originando assim uma rápida recuperação entre as partes envolvidas, sendo este processo rápido e eficaz.

O columbófilo comunicou, falou com a pessoa, esta não quer o pombo ou não pode vir buscar o pombo. Envia o cartão e o pombo tem novo proprietário. Não o fez é comunicado a Federação e é emitida uma 2ª via. O destino desse pombo é a reprodução,voador ou é eliminado.

O ideal seria devolver o pombo por transportadora e os custos serem imputados ao proprietário. Legalmente, não sei se isto é possível fazer

Os informáticos poderão dizer, mas como vamos resolver o problema da protecção de dados.

Fácil, no recenseamento de 2017, aparece no programa, número de telefone para comunicação de pombos. Seguido de uma cruzinha que diz, autorizo que o meu número de telefone esteja disponível para recuperação. Não selecciona a cruz, quando se coloca o número da página da federação, em vez de aparecer o número aparece o formulário de comunicação via postal.

Vamos lá ver uma coisa, isto é para gente seria trabalhar. Porque os vigários, esses vão sempre arranjar estratagemas para ficarem com os pombos. Seja por este sistema, seja pelo actual, seja pelo que existiu.

Uma vez escrevi um artigo por causa de um artista que me ficou com uma filha do meu casal russo : Do filho da Putin com a Putin que o Pariu…

Tinha dado um nome falso e uma morada falsa na comunicação a federação.

Artistas vão existir sempre, mas gente honesta e honrada graças a Deus são em maioria e estes sistemas são para eles e não para os outros.

Acho que chegou a hora de mudar o sistema actual, por algo que já existe e funciona a muito noutros países.

No mês passado, por via dos meus afazeres profissionais fui fazer uma entrega a casa de um columbófilo que tem uma loja. Como era hora de almoço convidou-me para almoçar na sua casa que era mesmo ao lado da loja e pombais por cima.

Claro o tema pombos e mais pombos, acabou no final do almoço enquanto aguardávamos por beber o café que a sua senhora preparava por dar uma olhada nos reprodutores. Olha Pedro este entrou aqui e vou comunicar a federação, eu disse, mas tem anilha Holandesa, isso vai levar tempo a saber. Tudo bem disse ele, mas vou comunicar, não quero cá pombos que não sejam legais.

Eis que abro o meu telemóvel, vou ao site de comunicações Holandês, coloco lá o número e zás: aparece o número de telefone associado. Mando uma mensagem, eis que passado 30 segundos tenho uma resposta do proprietário. Tinha perdido o pombo a 1 ano numa prova de França. Disse-lhe que o pombo estava em Portugal e que tinha entrado na casa desse amigo.

Ressumo da história, comunicar pombos e recuperar pombos é fácil, basta existir vontade das partes envolvidas.

Aquilo que hoje é um bicho de sete cabeças em Portugal, resolve-se tão rapidamente como aquilo que acabo de descrever. Tornando o processo rápido, económico e que disponibiliza mais mão de obra para as tarefas burocráticas de Mira que permitam ao columbófilos saber as listas de participação e pombos existentes atempadamente.

Por uma columbofilia melhor,

Pedro Lopes