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REPORT - JOSEF KUSSER 11/09/2010

Bons resultados bem no meio das florestas bávaras
Josef Kusser – RV Dreiburgenland

 

Na parte sudeste da maior provincia alemã – Bavária – vive Josef Kusser com a sua esposa Martina. Ambos são fanáticos pelos pombos e vão-se mantendo nos lugares cimeiros do distrito nos últimos 10 anos. Vivem perto da fronteira com a República Checa e, nessa zona existe uma grande envolvência de cumes e montanhas e, portanto, os pombos têm de ir ao limite para poderem competir a grande nível no distrito.

O Josef Kusser tem 43 anos e é dono de uma pedreira, o que lhe rouba bastante tempo e não permite que trate os seus pombos da forma que gostaria. No entanto, parece que os pombos não se importam e vêm sempre na cabeça! E é mesmo pela falta de tempo que ele habitualmente só envia fêmeas. Tem cerca de 90 e os seus machos ficam sempre à espera delas. Também essa é uma das razões que o leva a ter muitos pombos, cerca de 300 na altura do Inverno.

Os seus pombais foram construídos nuns grandes celeiros antigos e, por isso, julga que tem instalações para o número de pombos que tem.
Dois pombais com ninhos são para as fêmeas, dois para borrachos, 3 para reprodutores e depois tem uma grande voliére para os machos.

Como podem constatar, o Josef tem um trabalho árduo e tem também muitos pombos. É por isso que os pombos têm de lhe obedecer e não ser ele a obedecer aos pombos, conforme nos confessou. O tempo é escasso e tudo tem de ser feito com rapidez. Quando não pode, não limpa os pombais, mas os pombos não se queixam, afirma.

Quais os pombos que lhe trouxeram tanto sucesso? Em primeiro lugar devemos referir os seus dois reprodutores base “84-16” e “91-1223”. Estes dois machos foram voadores fantásticos e o seu sangue ainda pode ser encontrado em todos os pedigrees dos seus pombos. Ambos são das duras linhas Horeman, Fabry e Janssen, o que, comprovadamente, são cruzamentos perfeitos para provas dos 150 aos 700 Kms. Depois, a sua soberba fêmea “Matadorin” fez também história e foi das melhores fêmeas alemãs durante alguns anos. Voou 9 anos e classificou-se 95 vezes o que quer dizer que poucos prémios falhou, tendo em conta que na Alemanha as campanhas desportivas têm 12 ou 13 provas, 14 no máximo. Ela é a grande figura do pombal de Kusser!

Um outro sangue que se enconta muito no seu pombal é a velha linha Schellens, vinda de Herbots e Hans Hirn. Depois vêm os Bosua e os Koopman – a maior parte via Dieter Siebert – vêm os originais Jan Van de Pasch e a partir de 2005 os Prange via Peter Rager e Rainer Püttmann! Estes novos sangues vieram a dar um grande vigor à colónia e destacaram-se nas últimas épocas! Como exemplo damos o da Melhor Fêmea e da 4ª Melhor que são de um macho Prange/Delbar! Acredita muitos nos lilases destes sangues, confessou-nos.
Dos Van de Pasch criou a Melhor Fêmea de Ano do Distrito! Em 2009 bateu á porta do Leo Heremans e comprou um belo lote de pombos. Brevemente saber-se-á se foi uma boa aposta, mas o Josef acredita que sim!

O Kusser não faz grandes experiências com os seus pombos. Alimenta-os à muito tempo com “Weibchen-Siegermischung” da Versele-Laga. Esta é uma comida especial para fêmeas que tem muito arroz com casca. Aliás, todos os seus pombos comem rações da Versele-Laga porque o seu amigo Hans Hirn é representante da marca e sabe dar-lhe os conselhos necessários.
Como voa só com fêmeas, pratica a viuvez total e treina-as uma só vez ao dia por causa do tempo. Também só são alimentadas uma vez ao dia. Esta parece-nos uma Columbofilia simples e onde se aplica o princípio do “Minímo-Máximo”, ou seja, Mínimo esforço para Máximas classificações!

O Josef é dos que está convencido que os grandes resultados vêm só da qualidade dos pombos e não dos produtos ou do treino. Pensa assim porque quando começou, de 83 a 90, chegou a comprar vários borrachos filhos de bons casais de reprodutores de amigos e poucos prémios foram ganhos. Só em 1990 conseguiu alguns pombos e qualidade do presidente da sua colectividade. Esses pombos começaram logo a dar nas vistas e o sistema era o mesmo. Depois vieram pombos do Hans Hirn e um novo sistema de alimentação.

Aqui, nesta terra de “ninguém”, conhecida como o “Cú de Judas” da Alemanha, pratica-se uma Columbofiia fácil, mediante a disponibilidade, mas com a regra de que “Pombos Bons fazem os resultados”!

 

Co-Autoria de Candido Regal - Retirado da TPP Magazine (Edição 2) - Janeiro de 2010