A propósito das II Jornadas |
20-09-2008 |
A propósito das II Jornadas Nacionais
Como estas teses são um instrumento de trabalho e talvez um alinhavar de ideias e propostas para um futuro Congresso da FPC, vou expor algumas ideias ou pretensões a juntar aos artigos neste Forum e a outros publicados em jornais da especialidade.
Como sempre, aceito a opinião de outros desde que dadas de boa fé e convictas, sem sofismas ou de pedra no sapato, as quais prefiro ignorar.
Quanto ao campeonato de igualdade, tenho algumas dúvidas da sua aplicação prática e nomeadamente à designação de início de um qualquer número de pombos, pois para o fim do calendário desportivo ( nomeadamente em Aveiro ) os pombos maioritáriamente encestados são borrachos de ano que no princípio da Campanha ninguém ainda conhece. Acho que designar concurso a concurso um número limitado seria mais coerente.
O Campenato de Jovens deve ser implementado, desde que classificação seja a nível distrital e como é óbvio um limite etário por L.D.
A constituição de um Ranking Nacional, tem pernas para andar e é muito bom já existir um ponto de partida, embora que tenha que sofrer ajustamentos e alguns deles só depois de entrar em vigor.
No entanto eu acho que relativamente aos campeonatos de especialidade deviam de existir um mínimo de concursos V6XMF6XF6 e à partida decididos por todas as Associações, pois existem aquelas que têm maior número de provas, com possibilidade de eliminarem os piores que deixarão em desvantagem quem só cumpre o normal.
Isto para darmos uma aproximação dos valores reais e não se transformarem em Ranking de “ Jornais “ onde só figura quem envia.
Já respondi por escrito ao formulário da FPC neste Forum e pena tenha de não poder estar presente nas Jornadas, que em princípio contava, mas que por motivos pessoais declinei.
Acho que a FPC deve ter papel determinante na homologação de calendários, soltas e campeonatos Nacionais, assim como no cumprimento das normas estatutárias e básicas do RDN, pelo menos para existir uma uniformidade Nacional, deixando para as Associações tudo o que é complementar, que em nada influencie o Nacional. Caso contrário passaremos a ser uma manta de retalhos!
Quanto a classificações, sou a favor de por pontos e médias por desempates.
Existe outra possibilidade de pontuação que não é aflorada nas teses.
Acho que essa classificação por equipas (columbófilo 2 pombos ) que vigora actualmente, poderia ser feita como no ciclismo.
A saber: Acha-se o pombo vencedor por concurso (média) no pombal X e os outros seriam classificados como se voassem para esse pombal X que passava a ser a meta. Então a classificação seria por tempos e os dois primeiros pombos de cada columbófilo faria o somatório dos tempos. O conjunto de tempos mais baixo era o vencedor e assim no final da especialidade teriam a equipa ( columbófilox 2 pombos) campeã com o menor total de número de horas,minutos e segundos.
Os que furassem (20%) ou não enviassem teriam o tempo do último pombo + n’.
Isto deve ser utópico, mas como se está a falar de ideias, é mais uma !
Quanto á recuperação de efectivos acho que o proposto é difícil, mas vale a pena tentar e deve-se tentar, embora em meu entender o abandono deve-se principalmente à idade, à parte económica e à nova realidade habitacional.
Pelo que me apercebo na minha zona é assim que encaro a situação e não a causas estruturais ou competitivas. Tenho conhecimento que alguns columbófilos e potenciais columbófilos estão a juntar-se num só pombal, dividindo as despesas.
Assim, quando vierem melhores dias certamente tomarão a independência e concorrerão sózinhos.
O espaço nas Escolas deve ser continuado e incentivado. Li um artigo do H. Galveias no M.C. sobre uma visita de Escuteiros a um pombal. Ora aqui está outra saída, pois esses jovens são amigos e amantes da natureza e bem organizados em grupos.
Outra ideia que poderá eventualmente ter receptividade, são as Cadeias, Quartéis e Corporações de Bombeiros, que têm sempre efectivos.
Sou a favor do apoio em todas as matérias a dar pelas Associações e Federação às Colectividades.
Outro assunto que se não se prende com as teses, mas acho que deve ser encarado no futuro é o obrigatóriadade de um columbófilo ( uma L.D.) só poder encestar os seus pombos numa só colectividade independentemente das equipas (30) que quizesse ou entendesse.
Assim escolheria a equipa principal A(30) como já o faz para o Distrito e todas as outras seriam B,C, etc.. .
O mapa teria muitos mais prémios e lugares e todos ! marcavam !.
Esta coisa de andar a encestar em 2,3 e mais colectividades só trás prejuízo aos próprios e principalmente à colectividade mãe e de origem.
Estes columbófilos, assim, nunca têm tempo de conviver, ajudar e disponibilidade para fazerem parte de elencos directivos ou serviços. Ficam nas colectividades sempre os mesmos e acabam por cansarem, pois têm que fazer tudo, enquanto outros passeiam pombos e relógios e daqui a algum tempo além do abandono de columbófilos teremos o abandono de directores, que ainda será mais grave. Pois se não existirem estruturas a fachada cái abaixo.
Li um manifesto de uma lista concorrente à Associação de V. Castelo, que prevê a divisão do Distrito em zonas e ainda bem.
Aqui na ACDAveiro já se pratica isso, com zonas de Mar, Serra e Sul, só que deveria adoptar o que já foi o de Norte, Centro e Sul ou ainda melhor sómente Norte-Sul.
Outro assunto que a ACDAveiro têm que rever em futuro Congresso é o acordo com o Distrito do Porto e a não possibilidade de estes poderem concorrer no Distrito de Aveiro.
Acho que isto não tem razão de ser e os concorrentes das localidades limitrofes deviam ser livres de optarem. Mas como preconizo para os columbófilos em uma só colectividade, o mesmo se passaria com os de distritos vizinhos , além de uma só colectividade optariam por um só Distrito.
Muita coisa mais haveria para falar, mas já vai longo e não quiz deixar de dar a minha opinião, que vale o que vale, mas que poderá enriquer quem tem o direito e o dever de decidir e estou certo e sem sombra de dúvida almeja o melhor para a Columbofilia Nacinal.
Fiães, 20 de Setembro de 2008
A. Gil Correia
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