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Estado da “Nação Columbófila” I 22/10/2012

 

 

A situação económica do país está deveras difícil. Pode-se até dizer que está e vai estar “péssima” com o que se vislumbra no enunciado para o “Orçamento de Estado” de 2013. Cada vez oiço mais columbófilos dizer que vão diminuir os seus efectivos porque, segundo eles, já estão a pôr as “barbas de molho” com o que está para vir. Alguns pararam outros, mais radicais, desistiram. Á semelhança do que o Governo pretende fazer à Função Pública, a columbofilia portuguesa, já o faz há muito tempo: está também a diminuir efectivos. Perante tal cenário, desastroso, a organização dirigente da columbofilia contínua como dantes. Não apresenta alternativas, sugestões ou o que quer que seja, anda alheia a tudo isto dando ideia que tudo vai correndo dentro da normalidade, e no melhor dos mundos.

No entanto, dos elementos nomeados para órgão sociais da FPC, que se saiba, já pediram a demissão cinco, tendo apenas sido substituído um. A grande maioria, fizeram-no em ruptura “ideológica” com o órgão Presidente. Aquilo que verdadeiramente ainda me admira nisto tudo, é o espanto que os demissionários apregoam com o “desconhecimento” das políticas utilizadas pelo Presidente da FPC, pessoa que de há doze anos a esta parte vem fazendo sempre o mesmo: prometendo sem qualquer preocupação de cumprir, e repetindo sem cessar em todos os areópagos columbófilos, nacionais e internacionais, que “a COLUMBOFILIA É LINDA”. Até parece que não conheciam o seu trabalho federativo.

Tanto que alguns lutaram para o reeleger e agora é o que se vê. Mesmo das conversas triviais com directores que por lá se mantêm, sente-se que andam a contar dias até que chegue “o fim da comissão de serviço” a qual, se no inicio foi por voluntariado, passou agora a ser uma dolorosa imposição de consciência para levar até ao fim.

Ao ponto que tudo isto chegou. E nós que estamos na columbofilia pela columbofilia, que queremos um “Homem da Columbofilia” e não um político a gerir os nossos destinos, a assistirmos a esta inoperância.

Alguns elementos deste elenco directivo fizeram participações ao ministério público, aquando da campanha eleitoral, sobre alguns escritos no livro de visitas de dois candidatos. Defenderam a sua honra como é absolutamente natural que se faça e é assim que queremos que seja para cima e para baixo nas organizações. Agora lê-se tudo do pior e mais alguma coisa sobre a FPC; pedimos esclarecimentos ao Presidente do Congresso, Presidente da FPC e Presidente do Conselho Fiscal e ninguém nos responde. Então como interpretar esta atitude. Se o sentimento que nos transmitem, das “difamações” nos livros de visitas é de que “quem não se sente não é filho de boa gente”, então, meus senhores ser-nos-á licito inferir para o que agora se lê, que: “quem cala consente”; mas meus senhores, muito cuidado, pois o que está aqui em causa não é só o bom nome de alguns dirigentes columbófilos, mas muito especialmente da FPC e, portanto de toda a Columbofilia Portuguesa. Não deixem marinar, estas situações, na esperança que o tempo tudo trás e tudo leva e que o povo tem memória curta. A ética e a deontologia do cargo que ocupam assim exigem.