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Caminhos de 2015 ... 30/06/2015

Caminhos   de  2015…

 

Terminámos !..

Para uns já há tempos que isso  tinha  acontecido . Para  outros , a ilusão e o gostar de enviar pombos  manteve-os neste desporto , para os melhores e mais apetrechados( são sempre poucos) a luta verificou-se até à ultima prova.

Os que vencem são sempre, sempre, os melhores!

Para os vencedores os meus parabéns e a continuação das suas posturas dignificantes e positivas. Para os vencidos resta-me também dar-lhe os parabéns porque, o perder é sempre muito mais difícil, e que se mantenham neste desporto apesar das contrariedades verificadas.

É importante depois da época terminar fazer uma análise ao modo como a mesma decorreu . Isto é normal em todas as modalidades desportivas ou em quaisquer realizações desta índole. Há necessidade de repensar o que será possível no futuro melhorar, o que será necessário alterar  ou modificar, ou até se nada disto se verificar chegar-se-á á conclusão que tudo correu bem e é de manter tudo o que está.

Como  columbófilo ,  como praticante e, tendo gosto pela palavra entendi na minha página tecer algumas considerações sobre esta temática. Não tenho por  objectivos  atingir  posturas de dirigentes , de pessoas que tentam fazer sempre o melhor e de modo algum  pessoalizar  o que quer que seja . Sei perfeitamente que nos dias de hoje há uma lógica de que quando alguém pensa ou diz o que quer que seja contra, o que está instituído, é logo adjectivado com uma série de atributos  e, subverte-se o pensamento sempre em algo contra as pessoas. Isto é apanágio da sociedade portuguesa e está nos nossos genes  já há muitos anos ou melhor se quisermos já antes da formação deste pequeno país….

Mas na minha opinião o calar é consentir. O calar é subscrever que tudo vai bem e na minha opinião, não é isto que se verifica. É uma opinião pessoal ,  podendo até estar desenraizada da grande massa dos nossos praticantes( já não os temos...) mas, não é isso que leio nos mails que recebo quase diariamente e de norte a sul do país. É acima de tudo um pensamento apesar da nossa sociedade, também não gostar que se pense… mas é na minha lógica positivo porque , para que alguns , os mais interessados , possam sobre estas palavras meditar.

Tivemos, e era o que estava determinado em Assembleia Geral , uma campanha toda ela virada e subordinada a Valencia Del Cid  ( este/ sudeste). Tudo foi organizado nesta linha de voo. O velocidade  enquadra-se  todo nesta lógica Siruela e mais para sudeste Almaden. O meio fundo teve apenas uma excepção ( e quase por obrigação ) porque as condições meteorológicas  não permitiam soltar em Ciudad Real e lá subimos um pouco para Valmojado. O fundo, todo ele foi em Valencia  apenas como excepção, o Vinarós, de triste memória….( Sei perfeitamente que tudo  foi decidido e aprovado  em A. Geral e como tal  aqui impera a democracia ) .

Por estas  palavras,  aquilo que era normal em épocas anteriores, duas linhas de voo, tentando dar algum equilíbrio ao distrito , desapareceu.

 A linha de Nordeste, Navalmoral/ Madrid/ Ariza/ Calatayud está em esquecimento e não aparece sequer nos próximos horizontes. Não entendo nem li o porquê desta situação nem muito menos o que se pretende atingir  com tal lacuna. Durante muitos e muitos anos ouvi, que era a área das melhores vias rodoviárias , com melhores acessos de chegadas para soltar pombos, com melhores condições para se chegar atempadamente e para os pombos descansarem antes das soltas ,etc, etc  mas, estes argumentos hoje não tem nenhuma relevância.

Parecendo que não, deixámos de beneficiar de alguns ventos de nordeste que são normais na península em Março / Abril e que podiam dar algumas ajudas aos pombos . Basta analisar certas médias de Setúbal nestes fins de semana em que nós amdávamos  a “patinar” cá por baixo. Além de que as soltas de Ariza  e Calatayud  foram sempre e normalmente, mais fáceis, que na área de Valencia. Sei perfeitamente que uma campanha não pode de modo algum ter só provas faceis mas, quando a lei natureza não nos está favorável, entendo que não devemos de ser nós simples humanos a criar mais dificuldades para os pombos vencerem.

Por  azar nosso  o ano de 2015 começou com um verão muito cedo ( Maio) e logo com temperaturas elevadas que se mantiveram até final da campanha ( o junho foi o mês mais quente dos últimos sete anos ). É natural que  com  estas condições o esforço dos pombos seja superior e o desgaste dos mesmos  vá contribuindo para perdas mais significativas. Vidé  na última prova de velocidade, dia 28 , Siruela na casa dos 250 Km em que a maioria das colectividades estiveram meia hora para   fechar as pranchetas e ás 10.30 em Évora a temperatura marcava 37º. ( é uma pena não existirem na columbofilia estatísticas porque gostava  imenso de saber quantos pombos se teriam perdido mas….)

Sobre as distâncias que praticamos já o afirmei anteriormente, que estamos nos limites. Para a capital de distrito e terá de ser esta cidade sempre como pólo  de referência ,porque neste caso é local central, os concursos de meio fundo tem sempre por mínimo 400 Km e as provas de fundo baseiam-se sempre em distancias de 600 Km. Sei perfeitamente que é difícil acertar e equilibrar um distrito como este mas, não me parece que esticando os kms seja a solução e muito menos soltando sempre na linha de Ciudad Real….

A nível do fundo tudo foi diferente e para pior . Realizámos seis concursos de fundo , cinco na área de Valencia e um de Vinarós que apareceu por “obra e graça do espírito santo”. Nestes seis concursos um deles ( o penúltimo)  realizou-se mais perto e ainda bem porque se atenuou a perda de pombos. A Associação de Portalegre autorizou que se encurtassse...  mas ,  ainda não percebi o porquê ,mas, foi positivo e defendeu pombos e columbófilos…. Foi pena que em Vinarós não tenha havido a mesma postura e, ainda mais preocupante porque estávamos a digerir o Sagunt que tinha sido realizado quinze dias antes e que tinha sido um desastre.

Nas  outras  provas  de fundo  . Em dois concursos , realizados com quinze dias de diferença, Vinarós e Sagunt nenhuma colectividade a nível do distrito conseguiu fechar a classificação no dia da solta , aqui não havia calor….

 Nesta última, Valencia , concurso nacional, onde as responsabilidades são de outras entidades….apenas quatro colectividades ( Mora, Redondo, Portel e Monte Trigo ) fecharam a classificação no dia da solta. Sei perfeitamente que todo o sul levou por tabela devido ás altas temperaturas e a reduzida percentagem de humidade destas áreas da península. Que pena não terem lido os dados da meteorologia tudo lá estava escrito e, já indicava que para as áreas a norte do país seria muito mais fácil pois as temperaturas eram mais baixas 8 a 9º e a humidade era de 36% enquanto para o sul era de 18%. Mas como temos dos melhores pombos do Mundo eles resistem a tudo. 

( Srs. Da Federação saiam de Valencia nesta época do ano e defendam os pombos….).

Isto  que  acabei de referir são constatações de facto. Se me disserem que sou eu que estou atrasado a nível de pensamento até entendo mas, que é preciso mudar algo não tenhamos dúvidas.

Há dias a Assembleia Geral do distrito traçou as linhas mestras da próxima  campanha .  Como tudo até aí estava bem …. Tudo ficou igual ou semelhante. Apenas nesta Assembleia os concursos de fundo não puderam ser questionados porque já estavam calendarizados com Portalegre.  então é pior a emenda que o soneto. …

Não será já isto um condicionamento ?

 Se é assim e eu que até pensava que esta colaboração entre as duas Associações era positiva para as duas, chego agora á conclusão que a nível desportivo é prejudicial para Évora.

Mas não será Portalegre que mais precisa do transporte para os seus pombos ?

Afirmo o mesmo, neste cenário, e com todas as provas  em conjunto, este intercâmbio, tem consequências negativas para o distrito de Évora. Podem falar-me da componente financeira mas cuidado porque só essa análise desvirtua todos os pressupostos desportivos em que assenta a campanha. A campanha sempre foi e deve ser o resultado (somatório) da velocidade, do meio fundo e do fundo, compartimentá-la é estar a abrir uma caixa de Pandora…

Foi apenas e só uma opinião de alguém que gosta de pombos e que gosta de pensar e  acima de tudo é columbófilo e com pouca expressão, desde 1968.