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" O bilhete tem sido caro mas o filme é prolongado ....." 25/01/2016

No dia 11 de Março de 2015 resolvi escrever nesta minha página uma intitulada " não noticia" que focava um caricato de uma doença nos pombos....

Ao escrever essas palavras tentava dizer o que sentia e tinha como perspectiva que se fizesse um "Feed de Back " e pudessem aparecer columbófilos que tinham tido algo semelhante para podermos trocar opiniões. Esta última premissa deu certo e tive várias conversas mas em todos os casos os sintomas nunca foram iguais na plena globalidade.

Terminei esse artigo com a seguinte expressão " Qual a doença que os pombos tinham ?

A resposta dada na altura foi " Não sei ! Apenas sei e sinto os sintomas e  verifico as consequências.

Contextualizando rapidamente. De 2011 até 2013 nada deu certo e relatei o acontecido. Em finais de  2013 tentámos ( há anos que tenho os pombos em sociedade) começar de inicio. Todos os pombos tinham sido eliminados e arranjámos reprodutores á pressa e alguns borrachos para voarmos de novo . Antes fizemos alteraçãos nos pombais sempre com a finalidade de permitir uma melhor ventilação dos mesmos já  porque  as humidades não entram .Tudo o que os veterinários tinham detectado anteriormente relacionava-se sempre com problemas respiratórios. (micoplasmose e syngamus na traqueia )

Em 2014 ( a ilusão instalou-se ) voámos meia duzia de provas , não fizemos nada de significativo mas os sintomas da doença não apareceram. Parámos pensando em guardar uns borrachos para voarmos em pleno em 2015 já com alguns pombos com dois anos e com uma experiencia de 3/4 provas feitas.

A campanha de 2015 aparece e temos três treinos associativos na casa dos 120/ 130 Kms em que recebemos muito bem. Os pombos chegavam em bandos e sempre juntos aos primeiros que entravam na vila de Arraiolos. No último treino da Associação já a rondar a casa dos 200 km recebemos uma borracha que veio muito rápida , cinco minutos primeiro que os outros e nestes notei que alguns vinham desgastados. Verifiquei logo que havia algo que eu não percebia, porque é que só um borracho tinha vindo muito bem e qual a razão para muitos se arrastarem. Na semana seguinte foi um desastre completo a nível do voar dos machos , não voavam, começaram a poisar nos telhados vizinhos e tinham uma fome medonha.

Como tenho dois sócios ( um dos anos 90 e outro agora já nesta embrulhada de 2013 para cá mas,  são de enorme dedicação e gosto pelos pombos que me fazem manter neste desporto apesar de todos estes anos altamente negativos) abordei-os logo na primeira prova oficial ( até o amigo Borda assistiu á conversa ) e disse-lhes se os pombos estavam como eu pensava, não valia a pena enviarmos mais porque nada fazíamos na campanha e com o calor perdíamos os pombos todos.

Mandámos a 3/4 provas , o resultados eram negativos, um ou outro pombo que conseguisse chegar nos primeiros estava 2 a 3 semanas sem voar e os outros estavam em desgaste completo.

Estávamos no final de Março e tentei mais um veterinário. . . . .

Os sintomas são sempre os mesmos : espirros, pombos encolhidos e arrepiados, com as penas eriçadas junto ás carunculas , quando estão sosegados nos ninhos ou poleiros começam a coçar-se junto ao pescoço ( fazem isto durante 10/ 15 minutos) e abrem o bico vindo com as patas junto ao mesmo ou á gargante tentando tirar algo.

Na conversa tida com o veterinário penso que ele nem me ouviu dizer-lhe quais os sintomas. Fez uma análise desportiva aos pombos o que para min é um "caricato" porque não entendo como é que mexendo num pombo se pode dizer se o mesmo é bom ou não a voar . ( não falo em mãos porque eu fui classificador de pombos e tive dezenas de pombos premiados nos melhores nacionais em exposição, mas sobre esta área não falo.....)

Do diagnóstico feito foi dectetada clamidia / ornitose . Eu ajudei porque levei uma borracha ( que não prestava para voar ) mas como tinha marcado no concurso anterior e a vi com uma carúncula molhada pensei que ajudasse.... e deu certo( se a tenho  deixado no pombal e lhe desse 1/4 de rovamicine tudo passava) . Não posso fazer mais comentários porque cientificamente não tenho conhecimentos para isso e como tal não me devo meter em áreas que não domino mas ....

Mas, os tratamentos preconizados por duas vezes ( quatro antibióticos ) surtiram algum efeito. Enviámos pombos a 4/5 concursos e até marcaram bem e em duas provas muito bem o que significa, que alguns pombos devem ser bons . É certo que um dos tratamento eu apliquei-o três vezes e de 15 em 15 dias. Mas os sintomas estavam lá todos e continuaram, diminuiram mas voltaram novamente e como sempre. Ou seja a "vela" ia-se apagando .... tentei uma abordagem mas ...

Por outras palavras cinco anos depois , com todas as alterações nos pombais, com todos e mais alguns tratamentos , com uma eliminação total dos pombos ( em 2013) tudo volta a aparecer assim que fazem algum esforço ou entram em provas. ( com o calor então derretem-se por completo)

Quem resistiria a tudo isto durante 6 anos ? ( mandar a meia duzia de provas, sem objectivos dignos de registo . Apenas ter pombos por gostar....)

Eliminá-los? Não ! Fico sempre pior com pior qualidade ....

Qual a solução ? Não a sei, ter apenas pombos por ter, sem objectivos, mandando a meia duzia de provas e sem poder fazer qualquer selecção de voadores ou de reprodutores.

2016 como vai ser ? Pelo que vejo será igual ao ano anterior e igual aos anteriores....