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Columbofilia

O meu hobby uma paixão

 

Desde muito novo que tenho pombos-correios. Contudo, a minha actividade profissional só me permitiu abraçar a modalidade como federado há cerca de dezoito anos e, mesmo assim, graças à colaboração da minha Esposa Ivone e mais tarde dos meus dois filhos João e Pedro, formando desde então a equipa José Marques & Filhos. 

 

Iniciei este hobby no lamentavelmente extinto Grupo Columbófilo do Mondego que era uma das mais antigas colectividades portuguesas que, como muitos se recordarão, se situava na Rua dos Ferreiros na Figueira da Foz. Hoje pratico a modalidade na Secção Columbófila do Grupo Recreativo Vilaverdense localizada, como o próprio nome sugere, na freguesia de Vila Verde onde resido.

 

No plano competitivo alcancei, entre muitos outros títulos, ao nível da colectividade, o título de Campeão Distrital da Geral uma vez e fui várias vezes Campeão Distrital de Velocidade e Meio Fundo. Nestes campeonatos tive vários pombos «anilhas de ouro», troféu que caracteriza os Campeões Distritais de Velocidade, Meio Fundo e Fundo. Entre estes destaco com orgulho o pombo nº 2137187/92, o «Fininho» - Campeão Nacional de Velocidade e 7º Olímpico de Velocidade  nas Olimpíadas Mundiais de Utrecht e um outro, o nº 4001624/94, o «Figo» Campeão Nacional de Velocidade e Campeão Ibérico em Léon.

 

A criação de pombos-correios, o seu treino e posteriormente o seu lançamento em provas de competição, é algo que me dá um grande prazer e sobretudo proporciona-me um elevado equilíbrio emocional. Na espera da chegada dos pombos de um concurso, a ansiedade coloca-nos a olhar fixamente no horizonte e assim que se avista um pombo a fazer-se ao pombal a satisfação é enorme!!! Depois, é o frenesim próprio da competição, com os toques dos telemóveis dos vários amigos e concorrentes a confirmarem as horas de chegada dos pombos de uns e de outros, o que constitui uma salutar partilha entre columbófilos. Não raras vezes a perspectiva de mais uma vitória para o nosso pombal traduz-se em momentos de alegria generalizada no seio de toda a família.

 

A reprodução é uma das componentes da columbofilia que mais me motiva. Formar um casal reprodutor, ver nascer e criar os borrachos que virão a ser os futuros atletas e posteriormente constatar que alguns deles se tornam pombos campeões, transmite um elevado sentimento de realização face à globalidade do processo que vai do columbicultor ao columbófilo. É com recurso à consanguinidade e aos cruzamentos entre pombos de várias origens que vamos mantendo as linhagens dos nossos pombos. Na realidade, o nosso pombal de reprodução é para mim como que um pequeno laboratório.

 

Engenheiro de Máquinas de profissão, exercida na Marinha Mercante Nacional, percorrendo os quatro cantos do mundo, foi a columbofilia através da sua leitura, quer em livros especializados, quer em artigos de jornal, o bálsamo que suavizou a distância dos entes queridos e as agruras de uma profissão dura e desgastante em que o perigo foi uma constante.

 

Não posso deixar de mencionar os amigos Rui Veloso (grande columbófilo nos anos 80 no distrito de Coimbra) e Carlos Uriel que nos últimos anos têm partilhado connosco todos os fins-de-semana os bons momentos das chegadas dos nossos pombos. Uma palavra de amizade, estima e agradecimento também para o amigo Vidal Pinto, do Porto, na colaboração que nos deu para a elaboração desta página. Para terminar, gostava de deixar um pensamento que reflecte a minha forma de estar nesta bonita modalidade que é a Columbofilia.

 

“Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado”

                                                                                                                                                (Goethe)

 

 

José Marques