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A Higiéne nos Cestos de Transporte 02/03/2009

A discussão sobre higiene nos cestos de transporte é sempre envolta em controvérsia e contradições. Irei dar-vos a minha opinião sobre o assunto, não devendo por isso ser considerada como definitiva.

Não há duvida que conseguiremos uma melhor higiene se os cestos não estiverem superlotados. A superlotação não é saudável por muitos outros factores, mas hoje iremos falar apenas sobre higiene.

A primeira e mais importante consideração relaciona-se com o controlo das fezes. A forma mais prática é a colocação de estrados ou grelhas que evitam o contacto dos pombos com as suas próprias fezes, diminuindo assim o potencial de doença.

Existem columbófilos e ou Associações que forram o fundo dos cestos com palha ou aparas de madeira. Neste caso a palha e as aparas devem ser substituídas após cada concurso. Tenham ainda muito cuidado com o pó que este material liberta. Se a quantidade de pó for exagerada, se levantarem pó ao andar é sinal que existem esporos no ar. Estes esporos, a partir de determinada concentração podem provocar doenças nos pombos, quer seja pneumonia fúngica ou obstrução das vias respiratórias pela presença física dos referidos esporos. De facto os esporos podem bloquear mecanicamente as secções mais estreitas das vias respiratórias.

O ar dentro das cestas de transporte deverá ser o melhor possível, razão pela qual se deve evitar materiais com muito pó.

Mesmo quando se utilizem grelhas nas cestas de transporte estas devem ser limpas após cada concurso. O ideal é efectuar uma desinfecção após a limpeza mecânica das fezes. Pode utilizar-se uma solução diluída de lixívia ou qualquer outro desinfectante. Após a limpeza e desinfecção, certifiquem-se de que as cestas estão completamente secas antes de encestarem mais pombos.

Os organizadores dos concursos devem ter muito cuidado com a contaminação da água quando procedem ao abeberamento dos pombos antes da solta ou quando em trânsito para o local. Se deixarem água nos bebedouros, esta pode ser contaminada por fezes. É pois recomendável desinfectá-la com um pouco de lixívia.

Nos casos em que os bebedouros são retirados após os beberem, não se torna necessário acrescentar nenhum produto à água, uma vez que os pombos não precisado de metabolizar nenhum químico no voo de regresso.

Usem o senso comum e esforcem-se por proteger os pombos do ambiente ao qual os forçamos a suportar. Lembrem-se que já é difícil mantê-los saudáveis no nosso próprio pombal, quanto mais nos cestos de transporte.

Não desperdicemos todo esse trabalho ao colocar os pombos em cestos de transporte sem as mínimas condições de higiene.

 

Por Dr. David Marx – Estados Unidos da América

In Jornal o Mundo Columbófilo – 23-01-2009