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Os pombos são inteligentes 20/01/2011

Habilidades de Pombos

 

Num famoso artigo em 1995, Watanabe, Sakamoto, e Wakita descreveram um experimento que os pombos podem ser treinados de forma a distinguirem pinturas de Picasso e Monet.

 

Em primeiro lugar as aves foram treinadas com um número limitado de pinturas: Quanto foi mostrado um quadro de Picasso, o pombo foi capaz de obter alimento por bicadas repetidas, quando o quadro foi de Monet, as bicadas não tiveram efeito.

Passado algum tempo os pombos só bicavam quando era mostrado um quadro de Picasso. Eles foram capazes de generalizar e correctamente discriminar entre as pinturas dos dois pintores que não haviam sido mostradas previamente. E mesmo entre pinturas cubistas e impressionistas (cubismo e impressionismo são as duas escolas estilísticas a que pertencem Picasso e Monet.

Quando as pinturas de Monet foram mostradas de cabeça para baixo, os pombos não foram capazes de categorizar correctamente mais, mostrando as pinturas cubistas de cabeça para baixo, não produziu esse efeito.

Em 1995 o autor ganhou o prémio Nobel humorístico em psicologia, com este trabalho.

 

Num anúncio, mais tarde Watanabe, mostrou que os pombos e os alunos universitários, submetidos à mesma formação, têm desempenhos comparáveis na distinção de pinturas de Van Gohg e Chagall.

 

Experimentos semelhantes, mostraram anteriormente que os pombos tinham sido capazes de distinguir entre fotos que mostram seres humanos e fotos que não mostram, fotos que mostram árvores e fotos que mostram e mais alguns exemplos.

Em todos estes casos, a distinção é muito fácil para os seres humanos, no entanto as aulas são tão complexas que nem a distinção de um simples algoritmo ou regra podem ser especificada.

Por conseguinte, foi alegado que os pombos são capazes de formar “conceitos” ou “categorias” semelhantes aos seres humanos. No entanto os experimentos são importantes e frequentemente citados como exemplos da ciência cognitiva.

Constam inúmeras experiências em psicologia comparativa, incluindo experimentos preocupados com a cognição animal, e como resultado temos um conhecimento considerável da inteligência do pombo.

 

Os dados disponíveis mostram por exemplo:

  • Os pombos têm a capacidade de partilhar atenção entre diferentes dimensões de um estímulo, mas (tal como os humanos e outros animais) a sua performance com diferentes dimensões é pior do que com uma única dimensão e um único estimulo.
  •  Podem ser ensinadas aos pombos, acções relativamente complexas e sequências de respostas, ou aprender a dar respostas a diferentes sequências.
  • Os pombos aprendem prontamente a dar resposta na presença de um estimulo simples e reter e responder na presença de um estimulo diferente, ou para dar respostas diferentes na presença de estímulos diferentes.
  • Os pombos podem discriminar entre os outros pombos individuais e podem usar o comportamento de outro indivíduo para lhe dizer qual a resposta a dar.
  • Os pombos aprendem mais rapidamente a dar respostas discriminativas para as diferentes categorias de estímulos, definidas por regras arbitrárias (ex: triângulos verdes) ou por conceitos humanos (ex: imagens de humanos).
  • Eles fazem menos bem cm categorias por relações lógicas abstractas, por exemplo “simétrico” ou “mesma”, embora alguns pesquisadores tenham pombos capazes de realizar estas categorias.
  • Os pombos parecem necessitar de mais informação que os seres humanos para construir uma imagem tridimensional a partir de uma representação plana.
  • Os pombos parecem ter problemas para lidar com problemas que envolvem as classes de classes. Assim eles não lidam bem com o isolamento de uma relação entre as variáveis, contra a representação de um conjunto de variáveis.
  • Os pombos conseguem lembrar-se de um grande número de imagens individuais por um longo período, exemplo centenas de imagens por vários anos.

 

Todas estas capacidades poderão ser encontradas na maioria das espécies de mamíferos e aves. Além disso os pombos têm algumas habilidades incomuns, talvez únicas, para aprender as rotas de regresso a casa, a partir de grandes distâncias. Este comportamento de “homing” é diferente daquele que têm as aves migratórias, o qual ocorre geralmente ao longo de um itinerário fixo  e em períodos fixos do ano, enquanto o “homing” é mais flexível., mas mecanismos semelhantes podem estar envolvidos.

 

Além disso, os pombos podem estar entre os poucos animais que passam o testo do espelho, que testa se um animal reconhece a sua reflexão como uma imagem de si mesmo. Juntamente com os Chimpanzés comuns, orangotangos, golfinhos, elefantes e seres humanos. No entanto os testes que pretendiam mostrar que os pombos passavam o teste do espelho, foram criticados por muitos cientistas.

   

 

Retirado de http://www.pigeonvitality.com/

 

Traduzido por Rui Vilalva